terça-feira, 27 de outubro de 2009

Autora:Sylvia Plath

Só porque gosto muito deste poema o transcrevo...


"Por quanto mais tempo poderei ser um muro contra o vento?
Por quanto mais tempo
poderei suavemente obscurecer o sol
com a palma da minha mão e
interceptar as setas azuis da lua fria?
As vozes da solidão, as vozes da amargura
agarram-se às minhas costas infatigávelmente.
Como poderá acalmá-las esta canção de embalar?

Por quanto mais tempo poderei ser um muro
em redor da minha terra verde?
Por quanto mais tempo poderão as minhas mãos
proteger esta ferida e as minhas palavras
pássaros luminosos no céu consolando, consolando?
É tremendo ser assim exposta,
como se o meu coração
pusesse uma máscara e penetrasse no mundo."

27 Outº 2009

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