Visitei campos de morte
onde só as flores suspiram
ao cair por terra
parecendo desgosto
São campos de silêncio
trémulos de luz e saudade
dum amor inacabado
de sonhos para nunca mais
E ao lado da foto
da criança que não foi
ouvi o choro duma Mãe
de olhos vestidos de negro.
MIA
23 Novº. 2011
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Para lá do arco-íris
Lê-me os silêncios
na transparência dum olhar ausente
de quem ama o longe
e se perde de desejo por um amor
que de tão perto
sufoca a aragem dos dias frios de Outono
Lava-me das gotas de chuva
que o meu corpo encharca de temporais
quando a alma de despe e transparece
da cor púrpura da paixão
com sabor a rosas e chocolate quente
desfeito nas noites de Inverno
Lê-me
e leva-me para lá do arco-íris
enquanto o Sol fica à espreita
MIS
23 Novº.2011
na transparência dum olhar ausente
de quem ama o longe
e se perde de desejo por um amor
que de tão perto
sufoca a aragem dos dias frios de Outono
Lava-me das gotas de chuva
que o meu corpo encharca de temporais
quando a alma de despe e transparece
da cor púrpura da paixão
com sabor a rosas e chocolate quente
desfeito nas noites de Inverno
Lê-me
e leva-me para lá do arco-íris
enquanto o Sol fica à espreita
MIS
23 Novº.2011
Porquê, a lágrima?
Porquê a lágrima
perdida na noite sem alvorada
desfeita no teu peito luzente
dum amor mais belo
que me há-de guardar
para lá da morte nunca esperada?
Porquê a lágrima
enrolada de mar e sal
do soluçar contido no silêncio
quebrado de ais e sucos
nos abraços da dor
que sempre paira no amor?
Porquê a lágrima?
Será... já... de saudade?
MIA
23 Novº. 2011
perdida na noite sem alvorada
desfeita no teu peito luzente
dum amor mais belo
que me há-de guardar
para lá da morte nunca esperada?
Porquê a lágrima
enrolada de mar e sal
do soluçar contido no silêncio
quebrado de ais e sucos
nos abraços da dor
que sempre paira no amor?
Porquê a lágrima?
Será... já... de saudade?
MIA
23 Novº. 2011
terça-feira, 22 de novembro de 2011
nascerão sempre flores
Leva-me
nas asas dum poema
cheio de lágrimas
e claves de sol
onde dançarão as cinzas
no abraço dos fantasmas
Poderei sempre voltar
no coração de quem me ama
ainda que o pó se arraste
nos caminhos da saudade
À beira do precipício
nascerão sempre flores
MIA
22 Nov. 2011
nas asas dum poema
cheio de lágrimas
e claves de sol
onde dançarão as cinzas
no abraço dos fantasmas
Poderei sempre voltar
no coração de quem me ama
ainda que o pó se arraste
nos caminhos da saudade
À beira do precipício
nascerão sempre flores
MIA
22 Nov. 2011
nada haveria sem TI
Nada
poderias ser TU
Nem rios
nem mares
nem continentes
nem asas voando
TU
simplesmente TU
em mim
como se nada mais houvesse
para além de TI
MIA
22 Novº 2011
poderias ser TU
Nem rios
nem mares
nem continentes
nem asas voando
TU
simplesmente TU
em mim
como se nada mais houvesse
para além de TI
MIA
22 Novº 2011
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Chaminés de Ponta Delgada
Em silêncio
como sentinela vigilante
em campos de guerra
levantam-se por entre nuvens
e ficam especadas
com os olhos fora das órbitas
espreitando
como se o perigo viesse do mar
São assim
as chaminés de Ponta Delgada
vistas da "minha" janela
quando levanta a neblina
nos dias em que o sol
só nasce à tardinha
MIA
3 Novº 2011
como sentinela vigilante
em campos de guerra
levantam-se por entre nuvens
e ficam especadas
com os olhos fora das órbitas
espreitando
como se o perigo viesse do mar
São assim
as chaminés de Ponta Delgada
vistas da "minha" janela
quando levanta a neblina
nos dias em que o sol
só nasce à tardinha
MIA
3 Novº 2011
Não quero falar de futuro
Meu amor
porque vieste hoje
falar de futuro
se eu só queria ouvir
o silêncio das horas mortas?
A manhã nasceu
alagada de lágrimas
e chorou
chorou tanto
que os olhos se afogaram
onde há muito
os pés tinham naufragado
Logo hoje
quiseste falar de amor
quando eu só queria
o silêncio dos tristes
no derradeiro soluço do sol
MIA
3 Novº.2011
porque vieste hoje
falar de futuro
se eu só queria ouvir
o silêncio das horas mortas?
A manhã nasceu
alagada de lágrimas
e chorou
chorou tanto
que os olhos se afogaram
onde há muito
os pés tinham naufragado
Logo hoje
quiseste falar de amor
quando eu só queria
o silêncio dos tristes
no derradeiro soluço do sol
MIA
3 Novº.2011
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