Dói-me
viver em ausência
Começo o meu retiro
no nascer de dias
perdidos em noites
dum temporal
de arrepios à flor da pele
Perco-me nas horas
em que o sol delira
e o mar se perde de paixão
pelas areias enfeitiçadas
Esboço o pensamento
no meio do meu castelo de cristal
e espreito de saudade
os rostos mais queridos
e as vozes enfraquecidas
de quem há muito já não ouço
E fico com tanta saudade
que volto sempre
para abrir os braços
ainda que vestidos de cansaço
a quem me acredita
e silenciosamente me espera.
MIA
17 Abril 2012
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário