Renasceste dum poema
há muito morto de saudade
Foste presença
em noites de insónia
que amanhecer
era o ter de respirar
Foste ausência
que tardou nos fins de tarde
e que me fazia
querer partir com o Sol
Foste amputação
das minhas palavras
feitas silêncio
ecoando nos meus passos
Foste o que ninguém viu
Hoje és só um poema
sem vértebras
rastejando
como se não tivesses pés
Amanhã
já nada mais serás
além da vontade de te ler.
MIA
4 Mars 2011
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