O teu corpo é o meu poema...
Não sei se escrito
às luzes do novo acordo
se percorrido
por estas mãos que beijas
quando te adoçam a boca
É o poema que releio
antes da lua se apagar
e que em "braille" leio
quando o sol ensonado
se espreguiça no teu olhar
É o poema musicado
em dó
em fado
meu fado
meu fado
meu fado...
MIA
28 Agosto 2011
domingo, 28 de agosto de 2011
sábado, 27 de agosto de 2011
Sós...navegando
E ao sabor das ondas
deixar-me-ia levar
como nenúfar colorido
nessa jangada
que só tu sabes navegar
Que importaria o horizonte?
O céu estaria estrelado
o vento de feição
e nós à deriva beijados pelo luar
ainda que a noite fosse breu
e a única luz o nosso olhar
Sós... navegando
de tanto amar e mar
MIA
27 Agosto 2011
deixar-me-ia levar
como nenúfar colorido
nessa jangada
que só tu sabes navegar
Que importaria o horizonte?
O céu estaria estrelado
o vento de feição
e nós à deriva beijados pelo luar
ainda que a noite fosse breu
e a única luz o nosso olhar
Sós... navegando
de tanto amar e mar
MIA
27 Agosto 2011
cavaleiro andante
Oh, meu doce
cavaleiro andante
que me inquietas o sono
quando bates à janela
e foges para que te não veja
Desapareces
por praias lusitanas
cheias de aromas e sol
beijado pela areia
que não é a minha boca
Oh doce cavaleiro
como tenho ciúmes do mar
onde mergulhas
e te abraça o corpo
como se fosse o meu
Queria ser nau e partir
e amanhã bem cedo
esperar-te junto ao cais
ainda adormecida
na ânsia do teu beijo
para me acordar...
MIA
25 Agosto 2011
cavaleiro andante
que me inquietas o sono
quando bates à janela
e foges para que te não veja
Desapareces
por praias lusitanas
cheias de aromas e sol
beijado pela areia
que não é a minha boca
Oh doce cavaleiro
como tenho ciúmes do mar
onde mergulhas
e te abraça o corpo
como se fosse o meu
Queria ser nau e partir
e amanhã bem cedo
esperar-te junto ao cais
ainda adormecida
na ânsia do teu beijo
para me acordar...
MIA
25 Agosto 2011
Nortada
Tenho frio, meu amor...
Um frio que vem do norte
e me levanta a saia
que tento vestir com as mãos
onde o corpo fica mais nu
Mas de repente penso
que a nortada podias ser tu
e eu não taparia mais nada
ainda que a saia subisse à cintura
Abraçar-te-ia com um beijo
e deixaríamos acontecer
o vendaval que nos faria tremer
até um novo dia nascer
MIA
26 Agosto 2011
terça-feira, 23 de agosto de 2011
Tomara, meu amor
Tomara, meu amor
que fosses o mar
Aquele mar que eu amo
e me inebria
quando docemente
lhe dou os pés a beijar
e ele sem pudor
me vai tomando o corpo
num vai e vem sem parar
tornando meus ais
cada vez mais profundos
meus seios
cada vez mais hirtos
minha boca
entreaberta à espera
meus olhos
cada vez mais cerrados
pronta para
me deixar levar de prazer
nas águas que não são calmas
Tomara, meu amor
que fosses o mar
e o meu corpo o teu beijo.
MIA
23 Agosto 2011
que fosses o mar
Aquele mar que eu amo
e me inebria
quando docemente
lhe dou os pés a beijar
e ele sem pudor
me vai tomando o corpo
num vai e vem sem parar
tornando meus ais
cada vez mais profundos
meus seios
cada vez mais hirtos
minha boca
entreaberta à espera
meus olhos
cada vez mais cerrados
pronta para
me deixar levar de prazer
nas águas que não são calmas
Tomara, meu amor
que fosses o mar
e o meu corpo o teu beijo.
MIA
23 Agosto 2011
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Mulher/Amiga
Mulher/Amiga
é para ti este poema
feito da ternura
que trago no meu peito
É para ti
que ris desfeita no meu riso
que choras quando choro
ou quando as minhas palavras
são os sons da tua melodia
É para ti
este poema sem idade
que roça o desespero
de não poder estar lá
quando a tua dor
se veste da cor da minha
É para ti este poema
de Verão sem tempo
por seres amiga
sempre tão presente
tão terna
tão igual
tão Mulher...
MIA
22 Agosto 2011
é para ti este poema
feito da ternura
que trago no meu peito
É para ti
que ris desfeita no meu riso
que choras quando choro
ou quando as minhas palavras
são os sons da tua melodia
É para ti
este poema sem idade
que roça o desespero
de não poder estar lá
quando a tua dor
se veste da cor da minha
É para ti este poema
de Verão sem tempo
por seres amiga
sempre tão presente
tão terna
tão igual
tão Mulher...
MIA
22 Agosto 2011
domingo, 21 de agosto de 2011
Sufoco
Sufoco nesta humidade
que me gruda o corpo
Asfixio nas lágrimas
que caem lá fora
e que por trás da vidraça
se confundem nos meus olhos
Morro neste silêncio
que os trovões acordam
e onde não quero ficar
Até que
sorrateiramente
pé ante pé
me embalo de claves de sol
e deixo-me levar
por aquela nuvem
negra como a alma
que carrego para lá do vento
E vou...
MIA
21 Agosto 20011
que me gruda o corpo
Asfixio nas lágrimas
que caem lá fora
e que por trás da vidraça
se confundem nos meus olhos
Morro neste silêncio
que os trovões acordam
e onde não quero ficar
Até que
sorrateiramente
pé ante pé
me embalo de claves de sol
e deixo-me levar
por aquela nuvem
negra como a alma
que carrego para lá do vento
E vou...
MIA
21 Agosto 20011
sábado, 20 de agosto de 2011
Cheia de frio
Visto os versos mais tristes
mesmo quando o meu riso
se desfaz da loucura
onde me levam as palavras
Visto-os como um manto
esvoaçando de negro
que cobrem meus olhos
cansados de tanto querer
Visto-os de manhã
à tarde e à noitinha
de cada vez que a tristeza
passa adormecida
sem tempo para acordar
e de todas as vezes que os visto
fico mais nua e cheia de frio.
MIA
19 Agosto 2011
mesmo quando o meu riso
se desfaz da loucura
onde me levam as palavras
Visto-os como um manto
esvoaçando de negro
que cobrem meus olhos
cansados de tanto querer
Visto-os de manhã
à tarde e à noitinha
de cada vez que a tristeza
passa adormecida
sem tempo para acordar
e de todas as vezes que os visto
fico mais nua e cheia de frio.
MIA
19 Agosto 2011
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
Coração vadio
Coração que deixa de bater
nos dias em que a dor
é mais longa que a morte
anunciada dos afectos
Coração que não respira
afogado em trombos de mar
morto nas safenas
ressequidas de ilusão
Coração vadio
revascularizado de pranto
deixa-te de novo pulsar
porque amanhã
pode ser tarde demais
para voltar a ver o sol
MIA
20 Agosto 2011
nos dias em que a dor
é mais longa que a morte
anunciada dos afectos
Coração que não respira
afogado em trombos de mar
morto nas safenas
ressequidas de ilusão
Coração vadio
revascularizado de pranto
deixa-te de novo pulsar
porque amanhã
pode ser tarde demais
para voltar a ver o sol
MIA
20 Agosto 2011
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
Ausência - feito em Julho
"Ausência"
Meu amor
não se acaba o amor
quando começam os dias
longe de ti
mas do meu peito
cresce um rio sem margens
que me afoga de saudade
É o Verão que corre
e não parece
é a maré cheia de lágrimas
é um coração que quase morre
é a tristeza da noite
quando adormece o luar
Sãos os olhos vazios dos teus
a boca orfã de beijos
o corpo seco de desejo
as mãos abertas de nada
na ausência do teu cheiro
Por isso, meu amor
volta depressa
que se faz tarde a ternura
e a solidão fica cansada
de tanto, tanto bater.
Um beijo
MIA
sábado, 13 de agosto de 2011
A falta que ainda me fazes
Mãe
tenho as mãos tão frias!
Frias
daquele gelo que bate no coração
e desce pelo estômago sem parar
para cair bem lá em baixo
nuns pés arroxeados
que se recusam a caminhar
de insensíveis que ficam
Já não são pés nem são nada
transformados que estão
em deslize de ski alpino
sem metas para cortar
nem trenós que me possam levar
para lá do abismo onde me sento
E do rosto, Mãe,
do rosto já não espreitam lágrimas
porque os olhos são blocos de gelo
transformados em glaciar
que se desloca vagarosamente
ao sabor dum vento agreste
O corpo, esse já nem sinto
se bate ou deixa de bater
se ondula ou se deixa morrer
porque as mãos estão tão frias
que só lembram o calor das tuas
quando me pegavas para me aquecer
Quando me dói, Mãe,
sinto ainda mais a tua falta.
MIA
13 Agosto 2011
tenho as mãos tão frias!
Frias
daquele gelo que bate no coração
e desce pelo estômago sem parar
para cair bem lá em baixo
nuns pés arroxeados
que se recusam a caminhar
de insensíveis que ficam
Já não são pés nem são nada
transformados que estão
em deslize de ski alpino
sem metas para cortar
nem trenós que me possam levar
para lá do abismo onde me sento
E do rosto, Mãe,
do rosto já não espreitam lágrimas
porque os olhos são blocos de gelo
transformados em glaciar
que se desloca vagarosamente
ao sabor dum vento agreste
O corpo, esse já nem sinto
se bate ou deixa de bater
se ondula ou se deixa morrer
porque as mãos estão tão frias
que só lembram o calor das tuas
quando me pegavas para me aquecer
Quando me dói, Mãe,
sinto ainda mais a tua falta.
MIA
13 Agosto 2011
Intranquilidade
Tremo por ter amor
de tanto amar e mar
e deste vento norte
que tanto teima em passar
Tremo ao relento
dos sonhos sózinhos
perdidos num corpo
doente por respirar
Tremo de delírio
na noite insóne
que de tão longa
reabre chagas já mortas
Tremo de intranquilidade
sempre que adormeço
enrolada de vazio
com medo de não acordar
Tremo quando abro os olhos
e não vejo as flores crescer
nem as gaivotas passar...
MIA
13 Agosto 2011
de tanto amar e mar
e deste vento norte
que tanto teima em passar
Tremo ao relento
dos sonhos sózinhos
perdidos num corpo
doente por respirar
Tremo de delírio
na noite insóne
que de tão longa
reabre chagas já mortas
Tremo de intranquilidade
sempre que adormeço
enrolada de vazio
com medo de não acordar
Tremo quando abro os olhos
e não vejo as flores crescer
nem as gaivotas passar...
MIA
13 Agosto 2011
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
Um pedido à LUA
Leva-me
leva-me Lua
atira-me um raio
e deixa-me subir
bem mais alto
que o pensamento
que ainda me ata aqui
Quero a tua luz
que a minha
está tão ténue
como lamparina
de cemitério
em dia de todos os santos
Dá-me um berço
na cratera mais linda
embala-me
como minha mãe fazia
para que meu sono
seja mais descansado
Leva-me hoje
que estás tão cheia
porque amanhã
será tão tarde
que não sei
se a minha força
te chegará
MIA
12 Agosto 2011
leva-me Lua
atira-me um raio
e deixa-me subir
bem mais alto
que o pensamento
que ainda me ata aqui
Quero a tua luz
que a minha
está tão ténue
como lamparina
de cemitério
em dia de todos os santos
Dá-me um berço
na cratera mais linda
embala-me
como minha mãe fazia
para que meu sono
seja mais descansado
Leva-me hoje
que estás tão cheia
porque amanhã
será tão tarde
que não sei
se a minha força
te chegará
MIA
12 Agosto 2011
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
De sorriso novo
Hoje, surpreendentemente
o sol beijou-me mais forte
e guardei os dias das flores
das cores e dos cheiros
misturados na minha pele
de baunilha e chocolate
feita espuma desfeita
num dia quente de Verão
Ao terceiro dia de muitos
decorei o cabelo de miosótis
como se fossem teus versos
que não quero esquecer
e no renascer dum sorriso
alvo como as manhãs
parti para mais uma viagem
de onde não sei o regresso
Mas quando voltar
ah, quando voltar
já não virei de tão longe
porque cada vez estou mais perto
MIA
11 Agosto 2011
o sol beijou-me mais forte
e guardei os dias das flores
das cores e dos cheiros
misturados na minha pele
de baunilha e chocolate
feita espuma desfeita
num dia quente de Verão
Ao terceiro dia de muitos
decorei o cabelo de miosótis
como se fossem teus versos
que não quero esquecer
e no renascer dum sorriso
alvo como as manhãs
parti para mais uma viagem
de onde não sei o regresso
Mas quando voltar
ah, quando voltar
já não virei de tão longe
porque cada vez estou mais perto
MIA
11 Agosto 2011
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
Neblina no olhar
Não vejo
o sol
os sorrisos
a cor das flores
e o azul do mar
Desceu-me a neblina
num olhar de cataratas
que enegreceu o sonho
Não ouço
o rir das crianças
o marulhar
as gaivotas
e o vento norte
Ausentei-me de mim
para lá daquela nuvem
que o vento há-de levar
Só sinto o teu cheiro
embrulhado no meu
de baunilha e chocolate.
MIA
10 Agosto 2011
o sol
os sorrisos
a cor das flores
e o azul do mar
Desceu-me a neblina
num olhar de cataratas
que enegreceu o sonho
Não ouço
o rir das crianças
o marulhar
as gaivotas
e o vento norte
Ausentei-me de mim
para lá daquela nuvem
que o vento há-de levar
Só sinto o teu cheiro
embrulhado no meu
de baunilha e chocolate.
MIA
10 Agosto 2011
Leio e releio os teus versos
que entranho
de tão estranhos se tornarem
Passo e repasso as minhas mãos
para sentir o calor das tuas
quando se perdiam em mim
Encerro os meus olhos
para ver o brilho dos teus
quando o luar te banhava
Cerro a boca como túmulo
p'ra não perder os teus beijos
desfeitos como lágrimas
Mas o meu peito
escancaro-o à liberdade
ainda que me faça doer
MIA
8 Agosto 2011
que entranho
de tão estranhos se tornarem
Passo e repasso as minhas mãos
para sentir o calor das tuas
quando se perdiam em mim
Encerro os meus olhos
para ver o brilho dos teus
quando o luar te banhava
Cerro a boca como túmulo
p'ra não perder os teus beijos
desfeitos como lágrimas
Mas o meu peito
escancaro-o à liberdade
ainda que me faça doer
MIA
8 Agosto 2011
Oh alma perdida!
" Notam-se, nos jardins da alma,
espantosas raridades
plantam-se amores perfeitos
e nascem, depois, saudades"...... (palavras da minha querida amiga Isaura Moreira e que fizeram sair de mim, outras palavras)
Oh minha alma
meu jardim abandonado
onde as flores secas
são os amores imperfeitos
Oh campo de flores
sem caule e sem cor
que nada mais mostra
do que pó, cinza e nada
Oh janela da saudade
onde a corrente de ar
se mistura com lágrimas
secas de estio agreste
Oh alma sem vida
perdida em pleno Agosto
no meio da maré alta
onde o amor já foi azul
Oh alma penada
que te arrastas para lá do tempo
MIA
10 Agosto 2011
espantosas raridades
plantam-se amores perfeitos
e nascem, depois, saudades"...... (palavras da minha querida amiga Isaura Moreira e que fizeram sair de mim, outras palavras)
Oh minha alma
meu jardim abandonado
onde as flores secas
são os amores imperfeitos
Oh campo de flores
sem caule e sem cor
que nada mais mostra
do que pó, cinza e nada
Oh janela da saudade
onde a corrente de ar
se mistura com lágrimas
secas de estio agreste
Oh alma sem vida
perdida em pleno Agosto
no meio da maré alta
onde o amor já foi azul
Oh alma penada
que te arrastas para lá do tempo
MIA
10 Agosto 2011
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
Voarei
Voarei
quando o gesso das minhas asas
se desfizer no pó do tempo
Voarei
à volta do sol e do luar
até a loucura abrandar
Voarei
para lá do túnel
onde escondo o que de mim ficou
Voarei
sem rumo
sem mares
sem norte
sem asas também
até encontrar a estrela polar
MIA
8 Agosto 2011
quando o gesso das minhas asas
se desfizer no pó do tempo
Voarei
à volta do sol e do luar
até a loucura abrandar
Voarei
para lá do túnel
onde escondo o que de mim ficou
Voarei
sem rumo
sem mares
sem norte
sem asas também
até encontrar a estrela polar
MIA
8 Agosto 2011
Tão nua
Tão nua
tão de quatro, sem acto
sem membros
como cilindro
rolando para o abismo
Os olhos
fora de órbitas
pendurados de vazio
num crânio
acéfalo de esperança
Só os cabelos
escorridos
ao vento
tapando o que resta
MIA
8 Agosto 2011
tão de quatro, sem acto
sem membros
como cilindro
rolando para o abismo
Os olhos
fora de órbitas
pendurados de vazio
num crânio
acéfalo de esperança
Só os cabelos
escorridos
ao vento
tapando o que resta
MIA
8 Agosto 2011
Esta dor
Rastejo
e faço da minha loucura
o passeio onde me rasgo
até que a pele me doa
Rastejo ao contrário
de frente, de costas
até que as minhas vísceras
parem de sentir
Preservarei o olhar
para voltar a ver o sol
nem que seja
à hora das trindades
MIA
8 Agosto 2011
e faço da minha loucura
o passeio onde me rasgo
até que a pele me doa
Rastejo ao contrário
de frente, de costas
até que as minhas vísceras
parem de sentir
Preservarei o olhar
para voltar a ver o sol
nem que seja
à hora das trindades
MIA
8 Agosto 2011
E as rosas perderam a cor, em pleno verão
Em pleno Verão
secaram as flores e as madrugadas
e só os rios transbordaram
do meus olhos feitos margem
Foi-se a ternura
vestida dum luto silencioso
encerrada numa urna de abraços
sem braços para te apertar
Tal como vieste
desapareceste sorrateiramente
indiferente à voz rouca
que te chamava sem resposta
Deixaste-me as rosas
e o champanhe a aquecer
como pregadeira amaldiçoada
pendurados no meu peito
Ficou-me o silêncio inerte
sem eco, moribundo,
às portas da morte
onde me deixarei morrer
sem sol, sem luz, sem nada...
MIA
8 Agosto 2011
secaram as flores e as madrugadas
e só os rios transbordaram
do meus olhos feitos margem
Foi-se a ternura
vestida dum luto silencioso
encerrada numa urna de abraços
sem braços para te apertar
Tal como vieste
desapareceste sorrateiramente
indiferente à voz rouca
que te chamava sem resposta
Deixaste-me as rosas
e o champanhe a aquecer
como pregadeira amaldiçoada
pendurados no meu peito
Ficou-me o silêncio inerte
sem eco, moribundo,
às portas da morte
onde me deixarei morrer
sem sol, sem luz, sem nada...
MIA
8 Agosto 2011
sábado, 6 de agosto de 2011
Os teus olhos, meu amor
Os teus olhos, meu amor
onde à noitinha me deito
tem a cor das folhas secas
das rosas com que me vestes
São a janela aberta ao luar
onde os raios de desejo
vão descendo lentamente
pelas mãos com que me despes
São as estrelas cadentes
que caem sobre o meu corpo
num estranho movimento
Oh meu amor, os teus olhos
são a manhã que me acorda
e o espelho onde me vejo
Beijo
MIA
6 Julho 2011
onde à noitinha me deito
tem a cor das folhas secas
das rosas com que me vestes
São a janela aberta ao luar
onde os raios de desejo
vão descendo lentamente
pelas mãos com que me despes
São as estrelas cadentes
que caem sobre o meu corpo
num estranho movimento
Oh meu amor, os teus olhos
são a manhã que me acorda
e o espelho onde me vejo
Beijo
MIA
6 Julho 2011
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