sábado, 13 de agosto de 2011

Intranquilidade

Tremo por ter amor
de tanto amar e mar
e deste vento norte
que tanto teima em passar

Tremo ao relento
dos sonhos sózinhos
perdidos num corpo
doente por respirar

Tremo de delírio
na noite insóne
que de tão longa
reabre chagas já mortas

Tremo de intranquilidade
sempre que adormeço
enrolada de vazio
com medo de não acordar

Tremo quando abro os olhos
e não vejo as flores crescer
nem as gaivotas passar...

MIA
13 Agosto 2011

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