Em pleno Verão
secaram as flores e as madrugadas
e só os rios transbordaram
do meus olhos feitos margem
Foi-se a ternura
vestida dum luto silencioso
encerrada numa urna de abraços
sem braços para te apertar
Tal como vieste
desapareceste sorrateiramente
indiferente à voz rouca
que te chamava sem resposta
Deixaste-me as rosas
e o champanhe a aquecer
como pregadeira amaldiçoada
pendurados no meu peito
Ficou-me o silêncio inerte
sem eco, moribundo,
às portas da morte
onde me deixarei morrer
sem sol, sem luz, sem nada...
MIA
8 Agosto 2011
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