Diáriamente me invento
para que a respiração
cadenciada do meu peito
atravesse a opacidade
de muralhas intransponíveis
construídas num vai e vem
de olhares perdidos de desassossego
São dias tão iguais
que de diferentes tem o macabro
de horas passadas em torres
de espanto e agonia
sacudidas por sinos de igreja
que lembram o esquecimento
de vidas há muito perdidas
E como as flores
abortadas na primavera
esvoaço por escuros caminhos
fechando os olhos adormecidos
dum cansaço feito noite
até me inventar num novo dia
MIA
5 Maio 2011
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