De membros arrancados
rebolava-se na dor
que há muito a amputara
Era só um corpo
sem face nem olhos
e de boca despovoada
onde cobras espreitavam
logo ao amanhecer
Restava-lhe
uma carcaça adormecida
onde jamais renasceriam flores
quando os pólens se cruzassem
nos ventos da Primavera
Há muito se deixara perder
no sono duma ausência
tão longa como a distância
MIA
18 Maio 2011
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