segunda-feira, 20 de outubro de 2008

crónicas dum divórcio anuncia

Um dia ela cismou que tinha de descobrir onde é que ele passava os dias.
Afinal o divórcio tinha passado a litigioso e até dava algum geito apanha-lo com alguém...era o ínicio e o adultério daria sempre mais alguns pontos para o lado dela.
Começou por tomar nota dos quilómetros feitos po ele. Estranhamente, para tantas horas de ausência, a distância percorrida era curtíssima...mas tudo bem, havia que deslindar o mistério.
Resolveu meter-se no carro dela, conta quilómetros no zero e lá foi ela. Primeiro para Norte... mas já não dava, porque só de contornar a urbanização... depois para Sul... mas também não, distância demasiado longa e tinha sempre de contar com o regresso...até que EUREKA! De repente inverte a marcha e lá vai ela rumo ao parque de estacionamento do ginásio que ele frequentava. E não é que acertou mesmo!
Então, tranquilamente, esperou como pescador que espera que o peixe morda o isco, pelo momento certo de atacar.
Passados dois dias, um fim de tarde de sábado, logo que ele saíu, ela meteu-se no carro e feita detective, vendo sem ser vista, decidiu segui-lo.
Lá estava a confirmação do percurso. Tal como ela esperava, ele dirigiu-se para o parque do ginásio, estacionou, saíu do carro, pegou no telemóvel possívelmente para contactar quem o esperava...mas raios, de repente ele olha para trás e ela que tinha feito tudo tão bem, é descoberta!
Ele hesita, faz que vai entrar no edíficio mas recua, entra de novo no carro e rápidamente abandona o estacionamento.
Ela então e já que tinha sido descoberta, de forma provocadora segue-o mesmo. Colada à traseira
da viatura dele, lá vai ela alegremente a ver o que viria a seguir.
Mas eis que de repente, ao passar pela esquadra da P.S.P., ele pára o carro, vai ter com o piquete
e acaba mesmo por entrar.
E não é que ela, pára também o carro, sai e vai atrás ver o que estava a acontecer!
Impávida e serena, entra na esquadra, provoca nele um nervosismo que só ela conhece e fica ali a ver, até que o piquete também lhe vai perguntar o que queria.
Aí, mete os pés pelas mãos, gagueija até, mas sai airosamente da situação.
Regressa a casa desiludida por não ter conseguido nada, mas confiante que nada tinha acabado ali
e que oportunidades, não faltariam para continuar a investigação a que se tinha proposto.

MIA

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