16 Outº 2008
Hoje, eu e os meus filhos, fomos jantar fora.
O meu filho fez questão de me convidar a mim e às irmãs. Tinha tido aumento de ordenado ( o que nestes tempos que correm não é nada mau) e por isso, queria partilhar connosco o contentamento.
Tive o privilégio de escolher o restaurante e à hora marcada, lá estavamos os quatro.
Como não podia deixar de ser, as mulheres atrasaram-se, mas ele não reclamou. Ia estar com as mulheres da vida dele e tranquilamente esperou como se o tempo não tivesse passado.
Abraços e beijos à chegada e logo muita confusão de perguntas carinhosas. Tanto, que o empregado teve de perguntar três vezes se já tinhamos escolhido, porque no meio daquilo tudo, até nos esqueciamos de ver a ementa.
Lá decidimos o que queriamos, encomendamos e nem demos conta da espera, tal era a necessidade de por a conversa em dia.
Mais do que saborear o repasto, rimos, rimos tanto! Rimos de alegria, de saudade e até de tristeza.
Se houvesse feitiço, o tempo teria parado para continuar a magia.
Embebeda-mo-nos de olhares, mesmo quando revelaram tristeza e repartimos as ausências sem recriminações.
Fizemos promessas de repetir o momento, mas mesmo sabendo que não se cumpriam, quisemos acreditar.
Estupidamente o relógio não parou e as horas voaram à velocidade da luz.
Caminhamos para a despedida e no meio do silêncio e olhares de interrogação, separamo-nos, entendendo os porquês.
Apeteceu-me pô-lo à tiracolo e não o largar, mas num abraço de ternura deixei-o suavemente ir,
sentindo que a vontade era de ficar.
Ele para um lado, nós para outro e os 100 metros que distam as nossas casas, voltaram a ser de novo continentes de distância.
Restou o regresso silencioso a casa, com a emoção do que se pode ter e todo o riso que tinhamos
partilhado, transformou-se numa enorme saudade.
Mummy
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