Deixa-me
acaba rápido os teus dias
cai de velho
transforma-te em pó
e que te leve o vento
Quero esquecer o furacão
que transformou meus olhos
em rios sem margem para descansar
e na última badalada da tua vida
vou erguer bem alto a minha voz
e dizer que morreste
sem te deixar uma única flor
do meu jardim inventado
Sai de mim
porque quero viver
sem ter de fazer de morta o tempo inteiro
MIA
30 Dezº 2010
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Onde não quero ir
Podia ir por aí
mas não vou
fico-me na paisagem
de olhares perdidos
sem leitura de amanhecer
Podia ir por aí
mas não quero
fico-me no desencontro
dos dias sem horas
marcados de mudança
Podia ir por aí
mas nunca vou
por onde não quero ir
MIA
27 Dezº 2010
mas não vou
fico-me na paisagem
de olhares perdidos
sem leitura de amanhecer
Podia ir por aí
mas não quero
fico-me no desencontro
dos dias sem horas
marcados de mudança
Podia ir por aí
mas nunca vou
por onde não quero ir
MIA
27 Dezº 2010
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
um poema
Queria escrever um poema
Um poema de todos os dias
onde a mesa farta
não aparecesse por magia
e as bocas
estivessem povoadas de dentes
Um poema levantado do chão
onde o mármore polido
serve de cama
e o cartão a desfazer-se
o veludo que aquece a noite
Um poema de esperança
onde úteros rasgados de dor
não podem ser a mortalha
de filhos deixados
no abandono das ruas
Queria
só escrever um poema de Natal
e não fui capaz...
MIA
20 Dezº 2010
Um poema de todos os dias
onde a mesa farta
não aparecesse por magia
e as bocas
estivessem povoadas de dentes
Um poema levantado do chão
onde o mármore polido
serve de cama
e o cartão a desfazer-se
o veludo que aquece a noite
Um poema de esperança
onde úteros rasgados de dor
não podem ser a mortalha
de filhos deixados
no abandono das ruas
Queria
só escrever um poema de Natal
e não fui capaz...
MIA
20 Dezº 2010
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Para ti
Já não sei se choro
quando lembro a tua solidão povoada de desejos
Sempre que chorares de dor
lamber-te-ei as lágrimas que molham teu rosto
e da minha boca
florirão de novo as rosas do teu jardim encantado
Deixa que aconteça
de novo a Primavera no verde do teu olhar...
MIA
14 Dezº 2010
quando lembro a tua solidão povoada de desejos
Sempre que chorares de dor
lamber-te-ei as lágrimas que molham teu rosto
e da minha boca
florirão de novo as rosas do teu jardim encantado
Deixa que aconteça
de novo a Primavera no verde do teu olhar...
MIA
14 Dezº 2010
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Paris
Era já Outono
naquele ano que corria
sem tempo para adormecer
A multidão éramos nós
e no calor de um beijo
incendiava-se Paris de desejo
quando a noite se fazia madrugada
Anos mais tarde
já Outono não era
e de nós só a cidade existia
O encanto era o cansaço
na morte de todos os dias
onde as horas não sonhavam
de adormecidas no meu peito
Era Paris sem luz...
MIA
5 Dezº 2010
naquele ano que corria
sem tempo para adormecer
A multidão éramos nós
e no calor de um beijo
incendiava-se Paris de desejo
quando a noite se fazia madrugada
Anos mais tarde
já Outono não era
e de nós só a cidade existia
O encanto era o cansaço
na morte de todos os dias
onde as horas não sonhavam
de adormecidas no meu peito
Era Paris sem luz...
MIA
5 Dezº 2010
sábado, 4 de dezembro de 2010
terça-feira, 23 de novembro de 2010
O sonho e o tempo
Já não sei se sonho
quando olho o luar
ou quando me deito
à procura de sonhar
Parasse o tempo
no meio do meu tempo
e eu mudaria o tempo de sonhar
Mas o relógio nunca pára
e sempre que a manhã acorda
cedo cai a noite do meu despertar
Já não sei se sonhe
se parta, se volte
se ria, se chore
ou deixe só o tempo passar...
MIA
23 Novº2010
quando olho o luar
ou quando me deito
à procura de sonhar
Parasse o tempo
no meio do meu tempo
e eu mudaria o tempo de sonhar
Mas o relógio nunca pára
e sempre que a manhã acorda
cedo cai a noite do meu despertar
Já não sei se sonhe
se parta, se volte
se ria, se chore
ou deixe só o tempo passar...
MIA
23 Novº2010
domingo, 21 de novembro de 2010
À procura do sol
Rasguei caminhos
e fui por ai
à procura do teu olhar
camuflado de cinza
Olhei à volta,
de costas, de frente,
mas não cansei
e de repente senti-te
como se fosses só meu
à espreita duma nuvem
que teimava em chorar
Chegaste no meio de tantas cores
que fiquei abraçada a ti
sem ver o tempo passar
e foram tantos os momentos
que deixei-me levar
arrastada como se não tivesse pés
para lá das nuvens
sempre à procura do teu olhar.
MIA
21 Nov. 2010
e fui por ai
à procura do teu olhar
camuflado de cinza
Olhei à volta,
de costas, de frente,
mas não cansei
e de repente senti-te
como se fosses só meu
à espreita duma nuvem
que teimava em chorar
Chegaste no meio de tantas cores
que fiquei abraçada a ti
sem ver o tempo passar
e foram tantos os momentos
que deixei-me levar
arrastada como se não tivesse pés
para lá das nuvens
sempre à procura do teu olhar.
MIA
21 Nov. 2010
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
só um poema, ou um poema só
Sou um poema do tempo
da chuva, do vendaval.
Um poema escrito
nas colinas envidraçadas
ou o poema feito espuma
em noite de temporal.
Sou o poema que não leio
quando espreito para lá da cortina
do teu olhar feito bruma
esperando o Inverno chegar.
MIA
19 Nov 2010
da chuva, do vendaval.
Um poema escrito
nas colinas envidraçadas
ou o poema feito espuma
em noite de temporal.
Sou o poema que não leio
quando espreito para lá da cortina
do teu olhar feito bruma
esperando o Inverno chegar.
MIA
19 Nov 2010
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Girassol
Vem comigo, sem medo
A-bre a tua mão
P-ega na minha e vamos
P-intar um girassol
A-marelo por fora
C-astanho no meio
D-e cor verde o caule
M-ate nas folhas gigantes
Vês, que lindo que ficou...
Agora vamos fazer mais,
muitos, muitos mais,
para plantar num jardim inventado
e dar um a cada menino como tu
A minha mão na tua
o pincel deslizando numa dança
e o brilho do teu olhar
que há-de ser sempre de criança
MIA
18 Novº 2010
A-bre a tua mão
P-ega na minha e vamos
P-intar um girassol
A-marelo por fora
C-astanho no meio
D-e cor verde o caule
M-ate nas folhas gigantes
Vês, que lindo que ficou...
Agora vamos fazer mais,
muitos, muitos mais,
para plantar num jardim inventado
e dar um a cada menino como tu
A minha mão na tua
o pincel deslizando numa dança
e o brilho do teu olhar
que há-de ser sempre de criança
MIA
18 Novº 2010
domingo, 14 de novembro de 2010
"O amor e o tempo" (...e o título é teu)
Ainda o tempo não havia
e já o amor crescia
com todo o tempo p'ra amar
Era o amor Primavera
de botões feitos rosa
desfolhada em pleno Verão
moribundo de sonhos
renascidos nas folhas caídas
dum amor de Outono
Era o amor maduro de ternura
renascido nos frios d'Inverno
de ainda ter tempo para amar
Era o amor saudade
sem tempo para esquecer
Era um outro tempo
à espera de nova Primavera
sem tempo para morrer.
MIA
14 Novº 2010
Ainda o tempo não havia
e já o amor crescia
com todo o tempo p'ra amar
Era o amor Primavera
de botões feitos rosa
desfolhada em pleno Verão
moribundo de sonhos
renascidos nas folhas caídas
dum amor de Outono
Era o amor maduro de ternura
renascido nos frios d'Inverno
de ainda ter tempo para amar
Era o amor saudade
sem tempo para esquecer
Era um outro tempo
à espera de nova Primavera
sem tempo para morrer.
MIA
14 Novº 2010
sábado, 13 de novembro de 2010
resposta
Só a tua dor quebrou o meu silêncio...
Cubro de abraços
o teu peito desfeito de dor
num dia sem hora marcada
Cubro-te dos abraços
que me fazem falta
porque mais não posso dar-te
quando eu mesma vivo
embrulhada duma dor
sem morte anunciada
Cubro o teu rosto de beijos
inocentes beijos
com sabor a lágrimas...
Um beijo
MIA
13 novº 2010
Cubro de abraços
o teu peito desfeito de dor
num dia sem hora marcada
Cubro-te dos abraços
que me fazem falta
porque mais não posso dar-te
quando eu mesma vivo
embrulhada duma dor
sem morte anunciada
Cubro o teu rosto de beijos
inocentes beijos
com sabor a lágrimas...
Um beijo
MIA
13 novº 2010
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Por favor lê-me um poema...
Pode ser um daqueles, de guerra,
onde a tua voz forte treme
e os olhos choram de dor
Um daqueles
onde eu possa chorar contigo
a saudade duma dor adormecida
Um, que me possa dizer
que alguém no meio da morte
sentiu a piedade de alguém
e confundiu a mão amiga
com o colo de sua mãe
Por favor lê-me um poema...
daqueles que me fizeram lembrar
que ainda não tinha esquecido.
Um beijo
MIA
9 Novº2010
Pode ser um daqueles, de guerra,
onde a tua voz forte treme
e os olhos choram de dor
Um daqueles
onde eu possa chorar contigo
a saudade duma dor adormecida
Um, que me possa dizer
que alguém no meio da morte
sentiu a piedade de alguém
e confundiu a mão amiga
com o colo de sua mãe
Por favor lê-me um poema...
daqueles que me fizeram lembrar
que ainda não tinha esquecido.
Um beijo
MIA
9 Novº2010
Prece
Chorai, chorai ó nuvens do meus país,
chorai de raiva se preciso for
porque estamos cansados da mesma cor
...
Formem-se ventos e vendavais
varram-se os silêncios que calam
e erga-se bem alto a voz em vez dos ais
Que os trovões se ouçam
e o raio que os parta nos ilumine
porque é preciso dizer basta de tanto ouvir
Chorai, ó nuvens chorai,
baixinho, devagarinho, docemente,
como quem chora um filho às portas da morte!
MIA
6 Novº 2010
sábado, 6 de novembro de 2010
já tristeza não é
Já tristeza não é...
É o brilho das estrelas
que iluminam os campos
em noites de tempestade
É a poesia caída dos seios
formando um rio
que banha a cidade
É a liberdade do mar
das vagas e das marés
desfeitas de prazer ao vento
É a paz feita ternura
em dias de nevoeiro denso
á procura do aconchego
É a vida pulsando
mesmo quando as folhas
jazem em pleno Outono.
MIA
6 Novº 2010
É o brilho das estrelas
que iluminam os campos
em noites de tempestade
É a poesia caída dos seios
formando um rio
que banha a cidade
É a liberdade do mar
das vagas e das marés
desfeitas de prazer ao vento
É a paz feita ternura
em dias de nevoeiro denso
á procura do aconchego
É a vida pulsando
mesmo quando as folhas
jazem em pleno Outono.
MIA
6 Novº 2010
Já não há...
Já não há estrelas nem luar
nem trompas de alvorada
anunciando o amanhecer
Já não há flores nem Primavera
nem cânticos da madrugada
lembrando o dia nascer
Já não há sol nem esperança
nem beijos ou abraços
nem sorrisos de criança
Já não há nada, já nada é nada...
Ficou o silêncio
de úteros desfeitos de pranto.
MIA
6 Novº 2010
nem trompas de alvorada
anunciando o amanhecer
Já não há flores nem Primavera
nem cânticos da madrugada
lembrando o dia nascer
Já não há sol nem esperança
nem beijos ou abraços
nem sorrisos de criança
Já não há nada, já nada é nada...
Ficou o silêncio
de úteros desfeitos de pranto.
MIA
6 Novº 2010
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Memórias
"Partiste num dia de nevoeiro
no meio de juras e abraços
que a nossa boca selou
não sem antes
me desfazeres as tranças negras
que me deixou os cabelos ao vento
cheios de esperança
Eram tão tristes as cartas
e tão longos os caminhos
que eu desesperava de medo
e de tanto te amar
só pedia que voltasses
mesmo que fosse pela metade
Sentia que te ia perder
de tão ausente que ficaste
e estas mãos que te prenderam
abriram-se de liberdade
sem entender que jamais
voltariam a segurar nas tuas
Os meus cabelos
continuaram ao vento,
à chuva, ao frio
e deixei-os tapar-me o rosto
quando as lágrimas caíram sem parar
no dia em que o sol se fez noite
Ficou-me a dor imensa
de não saber quando te perdi
Se quando partiste
com os olhos rasos de água
ou só quando o adeus
foi o último ai que não ouvi
e ainda hoje me pergunto
porque te deixaste partir."
MIA
1 Novº 2010
no meio de juras e abraços
que a nossa boca selou
não sem antes
me desfazeres as tranças negras
que me deixou os cabelos ao vento
cheios de esperança
Eram tão tristes as cartas
e tão longos os caminhos
que eu desesperava de medo
e de tanto te amar
só pedia que voltasses
mesmo que fosse pela metade
Sentia que te ia perder
de tão ausente que ficaste
e estas mãos que te prenderam
abriram-se de liberdade
sem entender que jamais
voltariam a segurar nas tuas
Os meus cabelos
continuaram ao vento,
à chuva, ao frio
e deixei-os tapar-me o rosto
quando as lágrimas caíram sem parar
no dia em que o sol se fez noite
Ficou-me a dor imensa
de não saber quando te perdi
Se quando partiste
com os olhos rasos de água
ou só quando o adeus
foi o último ai que não ouvi
e ainda hoje me pergunto
porque te deixaste partir."
MIA
1 Novº 2010
terça-feira, 2 de novembro de 2010
Falcão
Para ti - "Nos céus da Beira"
O cair do dia
não era o mesmo
sem o teu voo altaneiro
e todos os dias
por entre castanheiros quase nus
procurava-te
como se há muito te não visse
Mas um dia a tarde caíu
e tu não estavas mais
Foram dias e tardes a olhar o céu
a ver se te encontrava
mas tu já não vinhas
e o entardecer ficou mais triste
Até que um dia
tal D. Sebastião vindo do nevoeiro
voltaste triste à procura dos meus olhos
Vinhas sem brilho
cabisbaixo, de asas feridas
Peguei-te no colo, sequei-te as lágrimas
e no calor da lareira crepitante
aqueci-te dos primeiros frios
As tuas cores voltaram a brilhar
dei-te a beber um beijo
e só porque te quis guardar
levei-te à janela e deixei-te de novo voar.
Na partida
prometeste voltar todas as tardes
à hora do sol pôr...
Beijo
MIA
1 Novº 2010
O cair do dia
não era o mesmo
sem o teu voo altaneiro
e todos os dias
por entre castanheiros quase nus
procurava-te
como se há muito te não visse
Mas um dia a tarde caíu
e tu não estavas mais
Foram dias e tardes a olhar o céu
a ver se te encontrava
mas tu já não vinhas
e o entardecer ficou mais triste
Até que um dia
tal D. Sebastião vindo do nevoeiro
voltaste triste à procura dos meus olhos
Vinhas sem brilho
cabisbaixo, de asas feridas
Peguei-te no colo, sequei-te as lágrimas
e no calor da lareira crepitante
aqueci-te dos primeiros frios
As tuas cores voltaram a brilhar
dei-te a beber um beijo
e só porque te quis guardar
levei-te à janela e deixei-te de novo voar.
Na partida
prometeste voltar todas as tardes
à hora do sol pôr...
Beijo
MIA
1 Novº 2010
sábado, 30 de outubro de 2010
Orçamento
Só ouço vozes
demasiadas vozes
de quem se quer ouvir e não cala
Falam de milhões
como quem fala de "tostões"
falam do que sabem
ou do que pensam saber
e até falam do que vão fazer
São vozes aos molhos
vozes que cansam de tanto poder
e nós calados...
MIA
30 Outº 2010
demasiadas vozes
de quem se quer ouvir e não cala
Falam de milhões
como quem fala de "tostões"
falam do que sabem
ou do que pensam saber
e até falam do que vão fazer
São vozes aos molhos
vozes que cansam de tanto poder
e nós calados...
MIA
30 Outº 2010
Saudade
São tantos os nomes
que guardo de ti
que já não sei como chamar-te
São tantos os dias
são tantas as horas
são tantos os momentos
que agora
chamo-te apenas SAUDADE.
MIA
30 Outº2010
que guardo de ti
que já não sei como chamar-te
São tantos os dias
são tantas as horas
são tantos os momentos
que agora
chamo-te apenas SAUDADE.
MIA
30 Outº2010
30 Outubro
Amanhã
vou ter de viver mais uma hora
que ninguém me perguntou
se eu queria ou gostaria
Não vou ver o sol acordar
o frio vai chegar mais cedo
e só eu vou ficar ainda mais tarde
que de tão tarde se fará de novo dia
Mais uma hora
que me hão de novo tirar
quando quiser viver mais um dia...
MIA
30 Outº 2010
vou ter de viver mais uma hora
que ninguém me perguntou
se eu queria ou gostaria
Não vou ver o sol acordar
o frio vai chegar mais cedo
e só eu vou ficar ainda mais tarde
que de tão tarde se fará de novo dia
Mais uma hora
que me hão de novo tirar
quando quiser viver mais um dia...
MIA
30 Outº 2010
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Só um poema
Passas à espreita dum poema
como quem não quer ser visto
Às vezes
ficas sentado à espera
que um simples grito
seja um ai de silêncios guardados
Outras vezes
passas como simples corrente de ar
batendo com portas e janelas
só para te verem passar
Mas de todas as vezes que passas
escondes o rosto
e fico curiosa por te não ver...
MIA
28 Outº 2010
como quem não quer ser visto
Às vezes
ficas sentado à espera
que um simples grito
seja um ai de silêncios guardados
Outras vezes
passas como simples corrente de ar
batendo com portas e janelas
só para te verem passar
Mas de todas as vezes que passas
escondes o rosto
e fico curiosa por te não ver...
MIA
28 Outº 2010
terça-feira, 26 de outubro de 2010
A minha "casa"
A minha "casa"
tem metro
centros comerciais
hospitais
centro de saúde
farmácias
escolas
infantários
poucos lares de apoio
e gente
muita gente que entra e sai
Muitas das ruas
não são ruas nem vielas
só artérias com trombos
asfixiando quem tem de passar
A minha "casa" não tem rio
nem jangadas
mas tem fome e lágrimas
que não estão de passagem
A minha "casa" é a minha cidade
onde poder abrir as janelas é um direito
e respirar qualidade uma obrigação
e isso, ainda não tem...
MIA
26 Outº.2010
tem metro
centros comerciais
hospitais
centro de saúde
farmácias
escolas
infantários
poucos lares de apoio
e gente
muita gente que entra e sai
Muitas das ruas
não são ruas nem vielas
só artérias com trombos
asfixiando quem tem de passar
A minha "casa" não tem rio
nem jangadas
mas tem fome e lágrimas
que não estão de passagem
A minha "casa" é a minha cidade
onde poder abrir as janelas é um direito
e respirar qualidade uma obrigação
e isso, ainda não tem...
MIA
26 Outº.2010
sábado, 23 de outubro de 2010
caminhada
Tanto
que passei p'ra aqui chegar
E foram ruas
e ruelas
portas
e casas sem janelas
Ficou o vento
o sol
o tempo
quem sabe
um lamento...
MIA
23 Outº 2010
que passei p'ra aqui chegar
E foram ruas
e ruelas
portas
e casas sem janelas
Ficou o vento
o sol
o tempo
quem sabe
um lamento...
MIA
23 Outº 2010
terça-feira, 19 de outubro de 2010
Quando
Quando te leio
passeio pelas tuas palavras
espreitando por portas e janelas
a ver se te vejo passar
Quando te ouço
visto um fato de astronauta
e mesmo sem rotas
fico à espera de voar
Quando mergulho na tua voz
dispo o silêncio dos meus sentidos
que se espreguiça no teu dizer
e fico à espera de mais...
MIA
19 Outº2010
passeio pelas tuas palavras
espreitando por portas e janelas
a ver se te vejo passar
Quando te ouço
visto um fato de astronauta
e mesmo sem rotas
fico à espera de voar
Quando mergulho na tua voz
dispo o silêncio dos meus sentidos
que se espreguiça no teu dizer
e fico à espera de mais...
MIA
19 Outº2010
sábado, 16 de outubro de 2010
para os meus amigos
Gostava que os teus olhos
fossem dois enormes corações
Não interessava a cor...
Podiam ser pretos, azuis,
verdes, até um de cada cor
Acima de tudo
que me olhassem brilhando
transparentes
como a água das fontes.
MIA
16 Outº 2010
fossem dois enormes corações
Não interessava a cor...
Podiam ser pretos, azuis,
verdes, até um de cada cor
Acima de tudo
que me olhassem brilhando
transparentes
como a água das fontes.
MIA
16 Outº 2010
Menino
Vi de novo os teus olhos
grandes
negros de espanto
e quem sabe de fome
Olhos enormes
numa cabeça de formiguinha
assustada e sedenta
não sei se de amor ou pão
Uns olhos
que não vou esquecer
de ti menino
que não és do Rio
mas bem português
MIA
16 Outº 2010
grandes
negros de espanto
e quem sabe de fome
Olhos enormes
numa cabeça de formiguinha
assustada e sedenta
não sei se de amor ou pão
Uns olhos
que não vou esquecer
de ti menino
que não és do Rio
mas bem português
MIA
16 Outº 2010
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
é bom recordar-te
Lembras meu amor
daquele verão quente
onde me soltavas os cabelos
e de seios apontados à lua me fazias voar?
Lembras meu amor
de nos encontrarmos de tão perdidos
e de jurar que o nosso futuro
seria a superfície lunar?
Lembras
que de tantas vezes nos perdermos
deixamos de nos encontrar?
Tu embarcaste no comboio descendente
à procura do movimento das searas
e eu atravessei o equador
para não sentir o frio da tua ausência...
E ainda lembras meu amor
quando tanto tempo depois
nos voltamos a encontrar
naquela estação de fim do mundo
e nunca mais nos deixamos?
Tu tinhas o mesmo olhar de procura
e eu, dizias tu
só tinha os cabelos mais curtos.
Deixamos que a luta dos outros
passasse a ser a nossa
e ficamos anónimamente juntos
até à tua partida sem regresso
Agora sou eu que lembro
e já não te quero esquecer...
MIA
15 Outº 2010
daquele verão quente
onde me soltavas os cabelos
e de seios apontados à lua me fazias voar?
Lembras meu amor
de nos encontrarmos de tão perdidos
e de jurar que o nosso futuro
seria a superfície lunar?
Lembras
que de tantas vezes nos perdermos
deixamos de nos encontrar?
Tu embarcaste no comboio descendente
à procura do movimento das searas
e eu atravessei o equador
para não sentir o frio da tua ausência...
E ainda lembras meu amor
quando tanto tempo depois
nos voltamos a encontrar
naquela estação de fim do mundo
e nunca mais nos deixamos?
Tu tinhas o mesmo olhar de procura
e eu, dizias tu
só tinha os cabelos mais curtos.
Deixamos que a luta dos outros
passasse a ser a nossa
e ficamos anónimamente juntos
até à tua partida sem regresso
Agora sou eu que lembro
e já não te quero esquecer...
MIA
15 Outº 2010
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
E agora?
E agora?
Agora que importa
viver pendurada na lua
se já não sou estrela polar?
Que importa agora
saber quem me aquece
quando o Inverno chegar?
E se houver um dilúvio
porque me hei-de importar
se a chuva é dos meus olhos?
E agora?
Precisava tanto de ti
para continuar a ser eu...
MIA
13 Outº 2010
Agora que importa
viver pendurada na lua
se já não sou estrela polar?
Que importa agora
saber quem me aquece
quando o Inverno chegar?
E se houver um dilúvio
porque me hei-de importar
se a chuva é dos meus olhos?
E agora?
Precisava tanto de ti
para continuar a ser eu...
MIA
13 Outº 2010
terça-feira, 12 de outubro de 2010
esta noite
Está tudo tão sereno...
A lua não se vê
o vento não se arrasta
e nem a chuva cai
Então
porque tenho o rosto molhado?
MIA
12 Outº 2010
A lua não se vê
o vento não se arrasta
e nem a chuva cai
Então
porque tenho o rosto molhado?
MIA
12 Outº 2010
só, um poema
O poema de hoje
podia ser igual
ao de tantos dias
Mas não
O poema de hoje
foi para lembrar
a triste manhã
do teu gélido sossego
O poema de hoje
foi como as flores
só para ti...
MIA
12 Outº 2010
podia ser igual
ao de tantos dias
Mas não
O poema de hoje
foi para lembrar
a triste manhã
do teu gélido sossego
O poema de hoje
foi como as flores
só para ti...
MIA
12 Outº 2010
terça-feira, 5 de outubro de 2010
cansaço
Tão cansada...
De falar de amor e saudade
do que dói e não tem cura
Tão cansada...
De dias e dias iguais
sem horas de coisa nenhuma
Tão cansada...
De me arrastar
como se não tivesse pés
Tão cansada
e o dia só vai em metade...
MIA
5 Outº 2010
De falar de amor e saudade
do que dói e não tem cura
Tão cansada...
De dias e dias iguais
sem horas de coisa nenhuma
Tão cansada...
De me arrastar
como se não tivesse pés
Tão cansada
e o dia só vai em metade...
MIA
5 Outº 2010
sábado, 2 de outubro de 2010
Hoje
Nada
me lembra nada
Nada
me faz lembrar nada
Hoje
simplesmente
não quero lembrar de nada
MIA
2 Outº 2010
me lembra nada
Nada
me faz lembrar nada
Hoje
simplesmente
não quero lembrar de nada
MIA
2 Outº 2010
terça-feira, 28 de setembro de 2010
Um minuto apenas
Por um dia
podia escrever o mais triste de mim
dizendo que não sou a tristeza
Por um dia
podia falar dos meus silêncios
apregoando que não sou o silêncio
Por uma hora pelo menos
poderia querer esquecer
Mas por um minuto apenas
quero continuar a lembrar-te
MIA
29 Setº 2010
podia escrever o mais triste de mim
dizendo que não sou a tristeza
Por um dia
podia falar dos meus silêncios
apregoando que não sou o silêncio
Por uma hora pelo menos
poderia querer esquecer
Mas por um minuto apenas
quero continuar a lembrar-te
MIA
29 Setº 2010
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
flores para ti
Hoje levei-te flores
e falei contigo em silêncio
Senti tanto frio!!!
E sei
que não foi por ser
uma manhã de Outono...
MIA
26 Setº 2010
e falei contigo em silêncio
Senti tanto frio!!!
E sei
que não foi por ser
uma manhã de Outono...
MIA
26 Setº 2010
sábado, 25 de setembro de 2010
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
flores para ti
Passeei cansaços
em busca da estrela polar
e tu coberto de nuvens
mal me viste passar
Andei, andei, andei
e mesmo ofegante não parei...
Tu partiste
envolto de luz branca
eu fiquei
só(mente) para te levar flores
MIA
23 Setº 2010
em busca da estrela polar
e tu coberto de nuvens
mal me viste passar
Andei, andei, andei
e mesmo ofegante não parei...
Tu partiste
envolto de luz branca
eu fiquei
só(mente) para te levar flores
MIA
23 Setº 2010
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Porquê
Porque me morreste
se eu só queria ser o sol do teu Outono?
Porque me deixaste ficar só
à espera do Inverno chegar?
Porque me deixaste nua
tão longe de mim?
Não podias esperar?
MIA
22 Setº 2010
se eu só queria ser o sol do teu Outono?
Porque me deixaste ficar só
à espera do Inverno chegar?
Porque me deixaste nua
tão longe de mim?
Não podias esperar?
MIA
22 Setº 2010
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Manhã de nevoeiro
Já a manhã vai alta
e o sol continua
preguiçosamente vestido
Eu que não sou sol
também não consegui
abrir a cortina do meu olhar
Talvez
seja o Outono a chegar...
Prometo logo à noitinha
despir-me desta tristeza
e sorrir até ser dia
E tu
que tinhas reclamado
simplesmente sorriste...
MIA
17 Setº 2010
e o sol continua
preguiçosamente vestido
Eu que não sou sol
também não consegui
abrir a cortina do meu olhar
Talvez
seja o Outono a chegar...
Prometo logo à noitinha
despir-me desta tristeza
e sorrir até ser dia
E tu
que tinhas reclamado
simplesmente sorriste...
MIA
17 Setº 2010
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Ignorância
Muitas vezes reclamas
que os versos que escrevo
não são para ti
Não entendes nada!
Se soubesses ler o meu olhar
eu não precisaria escrever
mas ainda bem que não sabes
porque assim
continuarei a escrever para ti
tanta gente e ninguém
Ainda bem que és analfabeto...
MIA
16 Setº 2010
que os versos que escrevo
não são para ti
Não entendes nada!
Se soubesses ler o meu olhar
eu não precisaria escrever
mas ainda bem que não sabes
porque assim
continuarei a escrever para ti
tanta gente e ninguém
Ainda bem que és analfabeto...
MIA
16 Setº 2010
Desencontro
Tu
Procuras as minhas palavras
para ler emoções que nem sei se sinto
Eu
peregrino por ruelas e calçadas
à procura de quem eras
E sinto a tua falta.
MIA
16 Setº 2010
Procuras as minhas palavras
para ler emoções que nem sei se sinto
Eu
peregrino por ruelas e calçadas
à procura de quem eras
E sinto a tua falta.
MIA
16 Setº 2010
domingo, 12 de setembro de 2010
Lágrima
Proíbo-te
de me rolares pela face
e manchar-me o rosto
que não quero manchado
a não ser de suores
Proíbo-te
de me raiares o olhar
duma cor que não gosto
e que só ponho
em dias de Abril distante
Proíbo-te
de te desfazeres na minha boca
para não sentir o sal
que só gosto
depois dum banho de mar
Proíbo-me de te proibir
e então podes rolar
podes cair,podes até
transformar-te em ranho
porque já não sinto.
MIA
12 Setº 2010
de me rolares pela face
e manchar-me o rosto
que não quero manchado
a não ser de suores
Proíbo-te
de me raiares o olhar
duma cor que não gosto
e que só ponho
em dias de Abril distante
Proíbo-te
de te desfazeres na minha boca
para não sentir o sal
que só gosto
depois dum banho de mar
Proíbo-me de te proibir
e então podes rolar
podes cair,podes até
transformar-te em ranho
porque já não sinto.
MIA
12 Setº 2010
sábado, 11 de setembro de 2010
Sonho
Meu amor
deixa-me pintar-te o rosto de palavras
e o corpo de carícias
quando estiveres p'ra adormecer
Prometo
que amanhã quando acordares
não encontrarás uma única marca
e terás de me acordar
para leres as cores no meu olhar
Meu amor deixa-me sonhar
com telas, e tintas, e palavras,
e estrelas, e o luar...
Meu amor
deixa-me simplesmente sonhar.
MIA
11 Setº 2010
deixa-me pintar-te o rosto de palavras
e o corpo de carícias
quando estiveres p'ra adormecer
Prometo
que amanhã quando acordares
não encontrarás uma única marca
e terás de me acordar
para leres as cores no meu olhar
Meu amor deixa-me sonhar
com telas, e tintas, e palavras,
e estrelas, e o luar...
Meu amor
deixa-me simplesmente sonhar.
MIA
11 Setº 2010
terça-feira, 31 de agosto de 2010
os meus olhos
Hoje
os meus olhos estão negros
Negros cheios de tristeza
por verem dos teus negros olhos
pérolas a desfazer
E ao ver os teus olhos assim
os meus que negros estão
de tão iguais que parecem
ficam sem cor mas não perdem
o doce sabor a mel
num dia triste de Verão
Não quero os meus olhos negros
nem ver nos teus tanta dor
porque o que eu quero mesmo
é voltar a ver-lhes a cor
Por favor...
MIA
31 Agosto 2010
os meus olhos estão negros
Negros cheios de tristeza
por verem dos teus negros olhos
pérolas a desfazer
E ao ver os teus olhos assim
os meus que negros estão
de tão iguais que parecem
ficam sem cor mas não perdem
o doce sabor a mel
num dia triste de Verão
Não quero os meus olhos negros
nem ver nos teus tanta dor
porque o que eu quero mesmo
é voltar a ver-lhes a cor
Por favor...
MIA
31 Agosto 2010
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Imaginação
Não quero ver-te assim
com rugas transpirando de tristeza
e olhares perdidos de ocaso
Quero o cheiro do café da manhã
com que me acordas
e os raios de sol dos teus abraços
onde religiosamente me guardas
Quero perder-me de memórias
sem me esquecer de ti
e deixar os receios de partidas
sem datas de regresso a nenhum lugar
E se tudo isso me bastasse
já não precisaria de me inventar
para lembrar o mel que há em ti
MIA
21 Agosto 2010
com rugas transpirando de tristeza
e olhares perdidos de ocaso
Quero o cheiro do café da manhã
com que me acordas
e os raios de sol dos teus abraços
onde religiosamente me guardas
Quero perder-me de memórias
sem me esquecer de ti
e deixar os receios de partidas
sem datas de regresso a nenhum lugar
E se tudo isso me bastasse
já não precisaria de me inventar
para lembrar o mel que há em ti
MIA
21 Agosto 2010
coração
Olha meu amor
se um dia o coração
me saltar fora do peito
segura-o com cuidado
Podes mima-lo
passar a mão de mansinho
e lavá-lo de marcas
das cicatrizes que te contei
Se um dia meu amor
o coração me saltar fora do peito
agarra-o de encontro a ti
porque será teu
até parar de bater
MIA
20 Agosto 2010
se um dia o coração
me saltar fora do peito
segura-o com cuidado
Podes mima-lo
passar a mão de mansinho
e lavá-lo de marcas
das cicatrizes que te contei
Se um dia meu amor
o coração me saltar fora do peito
agarra-o de encontro a ti
porque será teu
até parar de bater
MIA
20 Agosto 2010
Roubo
Quem me roubou
os meus meses de Abril
onde plantei cravos
rosas e cheiros de Alecrim?
Quem me roubou Maio
que crescia em festejos
de abraços e beijos
e luzes de Primavera?
Quem me roubou
os meses quentes de Verão
em que abraçada a ti
vivia ao contrário à espera?
E as folhas tintas de Outono
em fins de tarde pardacentos
onde o sol só era esperança
quem mas roubou?
Quem me roubou os frios de Inverno
quando em plena tempestade
atravessava desertos de querer?
Quem me roubou
os fios de esperança
onde me enrolei
tantas vezes abraçada a mim?
E o sol
e as estrelas
e até as crateras
da superfície lunar
quem me roubou?
Ninguém roubou...
Só fui eu que me perdi!
MIA
18 Agosto 2010
os meus meses de Abril
onde plantei cravos
rosas e cheiros de Alecrim?
Quem me roubou Maio
que crescia em festejos
de abraços e beijos
e luzes de Primavera?
Quem me roubou
os meses quentes de Verão
em que abraçada a ti
vivia ao contrário à espera?
E as folhas tintas de Outono
em fins de tarde pardacentos
onde o sol só era esperança
quem mas roubou?
Quem me roubou os frios de Inverno
quando em plena tempestade
atravessava desertos de querer?
Quem me roubou
os fios de esperança
onde me enrolei
tantas vezes abraçada a mim?
E o sol
e as estrelas
e até as crateras
da superfície lunar
quem me roubou?
Ninguém roubou...
Só fui eu que me perdi!
MIA
18 Agosto 2010
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
murmúrios
Ó doce neblina
que abraças manhãs
ténues de esperança
Afaga-me nos teus cheiros
e leva-me para lá do horizonte
onde há barcos navegando
Porque
o mar aqui tão perto
murmura segredos
que comigo vão ficando...
MIA
Agosto 2010
que abraças manhãs
ténues de esperança
Afaga-me nos teus cheiros
e leva-me para lá do horizonte
onde há barcos navegando
Porque
o mar aqui tão perto
murmura segredos
que comigo vão ficando...
MIA
Agosto 2010
às vezes
Não sei meu amor
se é dor o que escrevo
ou uma forma de sentir
Sei de alegrias
e momentos
de dias brilhantes
e outros nem tanto
Sei de rios
de mares e marés
de cantos e choros
e rumos paralelos
Mas
muitas das vezes
não sei
e isso faz-me ficar
parte do tempo
voando...
MIA
Agosto 2010
se é dor o que escrevo
ou uma forma de sentir
Sei de alegrias
e momentos
de dias brilhantes
e outros nem tanto
Sei de rios
de mares e marés
de cantos e choros
e rumos paralelos
Mas
muitas das vezes
não sei
e isso faz-me ficar
parte do tempo
voando...
MIA
Agosto 2010
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Quero
Não te quero alma gémea
ou forma incestuosa de ser
Quero-te igual a ti
em mim
na diferença de nós.
MIA
Agosto 2010
ou forma incestuosa de ser
Quero-te igual a ti
em mim
na diferença de nós.
MIA
Agosto 2010
Tu e eu
Pensativo perguntavas...
Porque choras de tristeza
quando nos teus olhos
só quero ver a luz do amanhecer?
E eu respondi...
Por favor
não me queiras ler a alma
nem quando o sol brilha
ou mesmo quando a noite
já se fez de madrugada
Mas tu continuavas...
Porque sorris de tristeza
quando da tua boca
só quero ouvir gargalhadas?
E eu respondi...
Por favor
não me perguntes mais nada
porque só quero dar-te o mar
e os meus cheiros de sereia
neste Verão andaluz
E tu acreditaste.
MIA
Agosto 2010
Porque choras de tristeza
quando nos teus olhos
só quero ver a luz do amanhecer?
E eu respondi...
Por favor
não me queiras ler a alma
nem quando o sol brilha
ou mesmo quando a noite
já se fez de madrugada
Mas tu continuavas...
Porque sorris de tristeza
quando da tua boca
só quero ouvir gargalhadas?
E eu respondi...
Por favor
não me perguntes mais nada
porque só quero dar-te o mar
e os meus cheiros de sereia
neste Verão andaluz
E tu acreditaste.
MIA
Agosto 2010
sexta-feira, 30 de julho de 2010
un poema de FABIO MORÁBITO
I
Nos desnudamos tanto
hasta perder el sexo
debajo de la cama,
nos desnudamos tanto
que las moscas juraban
que habíamos muerto.
Te desnudé por dentro,
te desquicié tan hondo
que se extravió mi orgasmo.
Nos desnudamos tanto
que olíamos a quemado,
que cien veces la lava
volvió para escondernos.
II
Me hiciste tanto daño
con tu boca, tus dedos,
me hacías saltar tan alto
que yo era tu estandarte
aunque no hubiera viento.
Me desnudaste tanto
que pronuncie mi nombre
y me dolió la lengua,
los años me dolieron.
Nos desnudamos tanto
que los dioses temblaron,
que cien veces mandaron
las lavas a escondernos.
III
Te frotabas tan rápido
los senos que dos veces
caí en sus remolinos,
movías el culo lento,
en alto, para arrearme
a su negra emboscada,
su mediodía perenne.
Abrías tanto su historia,
gritaba su naufragio...
Nos denudamos tanto
que nonos conocíamos,
que los dioses mandaron
la lava a reinventarnos.
IV
Te desmentí de cabo
a rabo devolviéndote
a tus primeros actos,
te escudriñé profundo
hasta escuchar la historia
amarga de tu cuerpo,
pues sólo el amor sabe
cómo llegar tan hondo
sin molestar la sangre.
Esa noche la lava
mudó si paisaje en piedra.
Tú y yo fuimos lo único
que se murió de veras.
Nos desnudamos tanto
hasta perder el sexo
debajo de la cama,
nos desnudamos tanto
que las moscas juraban
que habíamos muerto.
Te desnudé por dentro,
te desquicié tan hondo
que se extravió mi orgasmo.
Nos desnudamos tanto
que olíamos a quemado,
que cien veces la lava
volvió para escondernos.
II
Me hiciste tanto daño
con tu boca, tus dedos,
me hacías saltar tan alto
que yo era tu estandarte
aunque no hubiera viento.
Me desnudaste tanto
que pronuncie mi nombre
y me dolió la lengua,
los años me dolieron.
Nos desnudamos tanto
que los dioses temblaron,
que cien veces mandaron
las lavas a escondernos.
III
Te frotabas tan rápido
los senos que dos veces
caí en sus remolinos,
movías el culo lento,
en alto, para arrearme
a su negra emboscada,
su mediodía perenne.
Abrías tanto su historia,
gritaba su naufragio...
Nos denudamos tanto
que nonos conocíamos,
que los dioses mandaron
la lava a reinventarnos.
IV
Te desmentí de cabo
a rabo devolviéndote
a tus primeros actos,
te escudriñé profundo
hasta escuchar la historia
amarga de tu cuerpo,
pues sólo el amor sabe
cómo llegar tan hondo
sin molestar la sangre.
Esa noche la lava
mudó si paisaje en piedra.
Tú y yo fuimos lo único
que se murió de veras.
quarta-feira, 28 de julho de 2010
incêndio de Verão
Meu amor
vem-me buscar no teu abraço
e leva-me deste nevoeiro de cinzas
com que a minha cidade acordou
O verde deixou de ser
o Sol parece em eclipse
e até os meus olhos
lacrimejantes de fumo
se confundem com a saudade
Quero partir
como quem parte à procura
dum novo dia
num novo lugar
onde o cheiro do mar nos embale
e as nossas mãos se fundam
como se fossemos um só
Vem depressa
como se fosse a última vez...
MIA
Jul 2010
vem-me buscar no teu abraço
e leva-me deste nevoeiro de cinzas
com que a minha cidade acordou
O verde deixou de ser
o Sol parece em eclipse
e até os meus olhos
lacrimejantes de fumo
se confundem com a saudade
Quero partir
como quem parte à procura
dum novo dia
num novo lugar
onde o cheiro do mar nos embale
e as nossas mãos se fundam
como se fossemos um só
Vem depressa
como se fosse a última vez...
MIA
Jul 2010
terça-feira, 20 de julho de 2010
Férias
Mesmo longe
deixarei o meu sorriso
e o brilho do meu olhar
reflectido nas gotas de orvalho
com que desabrocham
as serenas manhãs de Verão
E se por ventura
deixarem de me ver
em noites de lua nova
procurem bem alto
porque a estrela mais inquieta
serei eu vagueando...
MIA
20 Jul 2010
deixarei o meu sorriso
e o brilho do meu olhar
reflectido nas gotas de orvalho
com que desabrocham
as serenas manhãs de Verão
E se por ventura
deixarem de me ver
em noites de lua nova
procurem bem alto
porque a estrela mais inquieta
serei eu vagueando...
MIA
20 Jul 2010
terça-feira, 13 de julho de 2010
incerteza
Já não sei o que quero
por onde passo
ou o que procuro
Agora
é o silêncio do meu olhar
que ouço sentada
no vão duma saudade imensa
E é nesse a(Deus)
que nem sei se existe
que me entrego à espera
do amanhecer orvalhado
numa manhã fresca de Verão.
MIA
13 Jul 2010
por onde passo
ou o que procuro
Agora
é o silêncio do meu olhar
que ouço sentada
no vão duma saudade imensa
E é nesse a(Deus)
que nem sei se existe
que me entrego à espera
do amanhecer orvalhado
numa manhã fresca de Verão.
MIA
13 Jul 2010
quinta-feira, 8 de julho de 2010
Terapia
Não gosto
de piscinas terapêuticas...
Os meus cabelos
não deslizam
e os movimentos
ficam presos a vozes
que dizem o que fazer
Gosto de mar
e das ondas do meu corpo
à deriva
muito além da liberdade
MIA
8 Jul 2010
de piscinas terapêuticas...
Os meus cabelos
não deslizam
e os movimentos
ficam presos a vozes
que dizem o que fazer
Gosto de mar
e das ondas do meu corpo
à deriva
muito além da liberdade
MIA
8 Jul 2010
Mãe
Esqueci de ler
o crepúsculo dos teus olhos
e não vi
que a vida te prendia por um fio...
E tu partiste
tão rápido (de mais)
que fiquei (morta)
à espera
desesperadamente
à tua espera
sem perceber
que tinha chegado o fim.
MIA
7 Jun 2010
o crepúsculo dos teus olhos
e não vi
que a vida te prendia por um fio...
E tu partiste
tão rápido (de mais)
que fiquei (morta)
à espera
desesperadamente
à tua espera
sem perceber
que tinha chegado o fim.
MIA
7 Jun 2010
Observando
Para quê prolongar a vida
se o vazio da mente
é que preenche os momentos?
Os dedos anquilosados
mostravam a idade dela
mas que ele apertava ternamente
e só desfez num beijo
quando a chamaram para a consulta
Despediu-se por momentos
para no fumo dum cigarro
sonhar com o passado
e imaginar de novo
aqueles olhos verdes
adorando-o como a um Deus
Prolongou a dor
descendo pelas escadas
porque o elevador ali ao lado
tornaria demasiado rápido
aquela ausência que de ausente
só tinha no olhar dela
E eu continuei ali sentada
esperando por alguém
que tornou a sua ausência
numa estranha forma de vida...
MIA
7 Jun 2010
se o vazio da mente
é que preenche os momentos?
Os dedos anquilosados
mostravam a idade dela
mas que ele apertava ternamente
e só desfez num beijo
quando a chamaram para a consulta
Despediu-se por momentos
para no fumo dum cigarro
sonhar com o passado
e imaginar de novo
aqueles olhos verdes
adorando-o como a um Deus
Prolongou a dor
descendo pelas escadas
porque o elevador ali ao lado
tornaria demasiado rápido
aquela ausência que de ausente
só tinha no olhar dela
E eu continuei ali sentada
esperando por alguém
que tornou a sua ausência
numa estranha forma de vida...
MIA
7 Jun 2010
quinta-feira, 1 de julho de 2010
???????
Quando feita pluma
voo
nas asas do meu caderno
fico nua de mim
e tenho frio
e sinto raiva
e rastejo
e levanto-me
e choro
e grito
e liberto a memória
E sempre que acontece
fico mais leve...
MIA
1 Jul 2010
voo
nas asas do meu caderno
fico nua de mim
e tenho frio
e sinto raiva
e rastejo
e levanto-me
e choro
e grito
e liberto a memória
E sempre que acontece
fico mais leve...
MIA
1 Jul 2010
segunda-feira, 28 de junho de 2010
o tempo que passa
Por cada dia
a mais na nossa vida
fica um
a menos sem nós
e o tempo
não se fica
por um relógio
que só pára
muito poucas vezes
e sempre
por falta de bateria...
MIA
28 Jun 2010
a mais na nossa vida
fica um
a menos sem nós
e o tempo
não se fica
por um relógio
que só pára
muito poucas vezes
e sempre
por falta de bateria...
MIA
28 Jun 2010
lua cheia
Seguiu-me a lua-cheia
como se fosse o teu olhar
no encontro da primeira vez
Mas agora
que estás tão perto
já não pergunto por ti
e inexplicavelmente
quero-te longe
MIA
28 Jun 2010
como se fosse o teu olhar
no encontro da primeira vez
Mas agora
que estás tão perto
já não pergunto por ti
e inexplicavelmente
quero-te longe
MIA
28 Jun 2010
visibilidade
Porque me vêem
se eu só gosto de estar
como se não estivesse?
Será que me mostro?
MIA
28 Jun 2010
se eu só gosto de estar
como se não estivesse?
Será que me mostro?
MIA
28 Jun 2010
identidade
Que fazer
se nasci para não ter idade?
E ao fim de tantos anos
continuo sem idade...
Só identidade
MIA
28 Jun 2010
se nasci para não ter idade?
E ao fim de tantos anos
continuo sem idade...
Só identidade
MIA
28 Jun 2010
sexta-feira, 25 de junho de 2010
A minha janela
Abri a janela de par em par
a ver se te via passar,
mas logo hoje não passaste...
Mesmo assim, deixei-a aberta,
pode ser que te ouça o respirar
quando voltares a passar
debaixo da minha janela.
MIA
25 Jun 2010
a ver se te via passar,
mas logo hoje não passaste...
Mesmo assim, deixei-a aberta,
pode ser que te ouça o respirar
quando voltares a passar
debaixo da minha janela.
MIA
25 Jun 2010
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Hoje
Hoje
teria tanto para dizer
se estivesses aqui
que mesmo calada
ouvirias o meu eco
dizendo como gosto de ti
Como queria dar-te a mão
e abraçar-me no teu peito...
Ouve pelo menos
o tilintar do meu corpo no teu
e desperta
porque o tempo urge
e perde-se a cada instante
MIA
24 Jun 2010
teria tanto para dizer
se estivesses aqui
que mesmo calada
ouvirias o meu eco
dizendo como gosto de ti
Como queria dar-te a mão
e abraçar-me no teu peito...
Ouve pelo menos
o tilintar do meu corpo no teu
e desperta
porque o tempo urge
e perde-se a cada instante
MIA
24 Jun 2010
terça-feira, 22 de junho de 2010
e o rio ali tão perto
Os teus braços
esquecidos de me esquecerem
esmagaram meu corpo
e de tão perto que ficamos
nem dei conta dos teus olhos
penetrarem nos meus
E o rio ali tão perto
vigiando
como se não pudesse ser...
MIA
22 Jun 2010
esquecidos de me esquecerem
esmagaram meu corpo
e de tão perto que ficamos
nem dei conta dos teus olhos
penetrarem nos meus
E o rio ali tão perto
vigiando
como se não pudesse ser...
MIA
22 Jun 2010
sábado, 19 de junho de 2010
o meu coração
Posso sempre amar-te,
mas jamais terás o meu coração
que mesmo depois de morta
não voltará a ser de ninguém
Transformar-se-à em pó
para voar ao sabor do vento
como corrente de ar,
simplesmente, como eu...
MIA
19 Jun 2010
mas jamais terás o meu coração
que mesmo depois de morta
não voltará a ser de ninguém
Transformar-se-à em pó
para voar ao sabor do vento
como corrente de ar,
simplesmente, como eu...
MIA
19 Jun 2010
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Amigo
Hoje
fiquei mais pobre
A morte passou por aqui
e levou-me um amigo
deixando o Sol mais triste
num dia que de tão triste
nem eu mesma gostaria
Para quê dizer seu nome?
Era um Amigo...
MIA
17 Jun 2010
fiquei mais pobre
A morte passou por aqui
e levou-me um amigo
deixando o Sol mais triste
num dia que de tão triste
nem eu mesma gostaria
Para quê dizer seu nome?
Era um Amigo...
MIA
17 Jun 2010
terça-feira, 15 de junho de 2010
Para ti
Inventei um castelo de portas abertas
e sem grades nas janelas
para o poeta adormecer nos abraços da poesia
Os muros eram flores pintadas de muitas cores
e a luz, o brilho do seu olhar quando escondia a pena
para dar voz à dor nas palavras dum poema
Inventei-o para ti
MIA
15 Jun 2010
e sem grades nas janelas
para o poeta adormecer nos abraços da poesia
Os muros eram flores pintadas de muitas cores
e a luz, o brilho do seu olhar quando escondia a pena
para dar voz à dor nas palavras dum poema
Inventei-o para ti
MIA
15 Jun 2010
domingo, 13 de junho de 2010
choro
Dei voz ao meu choro
num cântico de gemidos
para que o silêncio
não fosse um fado vadio
Mas dos ais que ficaram
presos na garganta
brotou um poema para ti
docemente cantado
pela voz duma guitarra
que fez gemer a saudade.
MIA
13 Jun 2010
num cântico de gemidos
para que o silêncio
não fosse um fado vadio
Mas dos ais que ficaram
presos na garganta
brotou um poema para ti
docemente cantado
pela voz duma guitarra
que fez gemer a saudade.
MIA
13 Jun 2010
silêncio
O teu silêncio
amortalhou-me o sentimento
mas quem o matou fui eu
quando me esqueci de nós.
MIA
13 Jun 2010
amortalhou-me o sentimento
mas quem o matou fui eu
quando me esqueci de nós.
MIA
13 Jun 2010
Fim...de tarde
Tão serena
esta pérola que desliza
que ninguém vê
nem eu mesma sinto
Tão sereno
o respirar do meu amor
que o julguei morto
e deixei-o partir
Mas
sendo tudo tão sereno
onde está a mentira?
MIA
13 Jun 2010
esta pérola que desliza
que ninguém vê
nem eu mesma sinto
Tão sereno
o respirar do meu amor
que o julguei morto
e deixei-o partir
Mas
sendo tudo tão sereno
onde está a mentira?
MIA
13 Jun 2010
sábado, 5 de junho de 2010
terça-feira, 1 de junho de 2010
Todos os dias...
Todos os dias quero ser criança
e que o roxo dos meus olhos
seja das corridas desenfreadas
e não do desamor onde me deitam
Todos os dias quero voar
ao encontro do sol e do luar
e anichar-me em colos de carinho
que nunca me irão amortalhar
Todos os dias quero ter mãe
ter pai, ter amor, ter direitos
para poder perguntar
porque fazem sofrer as crianças
Todos os dias e não só hoje
quero acordar criança
sem questionar porque nasci
sabendo que o mundo serei eu amanhã
Todos os dias e a todas as horas
de várias cores e em qualquer lugar
que me deixem crescer
sem deixar de ser criança
MIA
1 de Junho 2010
e que o roxo dos meus olhos
seja das corridas desenfreadas
e não do desamor onde me deitam
Todos os dias quero voar
ao encontro do sol e do luar
e anichar-me em colos de carinho
que nunca me irão amortalhar
Todos os dias quero ter mãe
ter pai, ter amor, ter direitos
para poder perguntar
porque fazem sofrer as crianças
Todos os dias e não só hoje
quero acordar criança
sem questionar porque nasci
sabendo que o mundo serei eu amanhã
Todos os dias e a todas as horas
de várias cores e em qualquer lugar
que me deixem crescer
sem deixar de ser criança
MIA
1 de Junho 2010
segunda-feira, 31 de maio de 2010
Esquecimento
Foi numa arca de tormenta
onde atravessamos oceanos
que guardei o teu cheiro
porque o teu olhar
cristalizei-o nos meus sentidos
O resto?
Simplesmente esqueci...
MIA
31 Maio 2010
onde atravessamos oceanos
que guardei o teu cheiro
porque o teu olhar
cristalizei-o nos meus sentidos
O resto?
Simplesmente esqueci...
MIA
31 Maio 2010
domingo, 30 de maio de 2010
viajando
Hoje inventei-me
e fui por aí...
Despi-me de impostos
e viajei pelo infinito
aconselhada por alguém que
defende visitar oito lugares
antes da morte
Revisitei continentes
outros passei
por onde nunca tinha andado
e já cansada perguntei-me
Para quê tanto viajar
se antes de morrer
o que eu quero mesmo é ser feliz?
Estranhamente
viajei contigo ao lado...
MIA
30 de Maio 2010
e fui por aí...
Despi-me de impostos
e viajei pelo infinito
aconselhada por alguém que
defende visitar oito lugares
antes da morte
Revisitei continentes
outros passei
por onde nunca tinha andado
e já cansada perguntei-me
Para quê tanto viajar
se antes de morrer
o que eu quero mesmo é ser feliz?
Estranhamente
viajei contigo ao lado...
MIA
30 de Maio 2010
Acreditar
Nunca foste capaz de me ler
as palavras que te deixo
e não sei porque me espanto
sabendo que perderiam
algum sentido e paixão
Tu alegas que não
e que as que timidamente
soletras ao meu ouvido
são a tua maneira
de me transformar os sentidos
E eu acredito...
30 Maio 2010
as palavras que te deixo
e não sei porque me espanto
sabendo que perderiam
algum sentido e paixão
Tu alegas que não
e que as que timidamente
soletras ao meu ouvido
são a tua maneira
de me transformar os sentidos
E eu acredito...
30 Maio 2010
Sede
Já sorvi os teus beijos
como água fresca
em tardes escaldantes de Verão.
Hoje, apesar do gelo
que me escorre pela garganta
continuo a ter sede...
MIA
30 Maio 2010
como água fresca
em tardes escaldantes de Verão.
Hoje, apesar do gelo
que me escorre pela garganta
continuo a ter sede...
MIA
30 Maio 2010
quinta-feira, 27 de maio de 2010
SE...
Se eu fosse o teu caminho
até poderias pisar-me,
mas como não sou
nem descalço sentirás o meu corpo.
Por isso
quando passares a meu lado
escusas de gritar,
correr, saltar
ou mesmo esbracejar,
que o meu olfacto não te sentirá
a minha surdez será profunda
e a minha cegueira total.
Passa como se não fosses
e se possível
do outro lado da rua
que eu ficarei agradecida.
MIA
27 Maio 2010
até poderias pisar-me,
mas como não sou
nem descalço sentirás o meu corpo.
Por isso
quando passares a meu lado
escusas de gritar,
correr, saltar
ou mesmo esbracejar,
que o meu olfacto não te sentirá
a minha surdez será profunda
e a minha cegueira total.
Passa como se não fosses
e se possível
do outro lado da rua
que eu ficarei agradecida.
MIA
27 Maio 2010
Amando...
Ama-me amor,
amante, amado!
Amando-nos,
alimentaremos alegrias
amenizando amarguras
aguentando o AMOR.
Abraça-me
as asas amarelecidas
amorfas de ardor
aumentando arfares ausentes.
Ama-me amor,
amante, amado...
MIA
26 Maio 2010
amante, amado!
Amando-nos,
alimentaremos alegrias
amenizando amarguras
aguentando o AMOR.
Abraça-me
as asas amarelecidas
amorfas de ardor
aumentando arfares ausentes.
Ama-me amor,
amante, amado...
MIA
26 Maio 2010
sexta-feira, 21 de maio de 2010
Última noite na Ilha
Saltei da janela do meu quarto
para um quarto crescente de Lua
que de tão brilhante
me lembrou olhares
de reencontros passados
Balancei de nostalgia
e mergulhei sem rede no luar
que me afogou de raios azuis
por onde duas pérolas deslizaram
lembrando serenamente a saudade
MIA
21 Maio 2010
para um quarto crescente de Lua
que de tão brilhante
me lembrou olhares
de reencontros passados
Balancei de nostalgia
e mergulhei sem rede no luar
que me afogou de raios azuis
por onde duas pérolas deslizaram
lembrando serenamente a saudade
MIA
21 Maio 2010
domingo, 16 de maio de 2010
ECO
Vou sempre para onde quero ir
e por isso nunca te encontro
Mas na metáfora do meu poema
alguém faz eco das minhas palavras
e responde através do eter
Só que eu não quero saber
para mim basta escrever...
MIA
16 Maio 2010
e por isso nunca te encontro
Mas na metáfora do meu poema
alguém faz eco das minhas palavras
e responde através do eter
Só que eu não quero saber
para mim basta escrever...
MIA
16 Maio 2010
quinta-feira, 13 de maio de 2010
13 de Maio na Ilha
Até podia ser outro dia...
Sem lágrimas
sem sol
sem vento
só "nubelhado",
o meu pensamento voa
atravessa o Oceano
e esbarra no teu peito...
Só pode ser do anticiclone.
MIA
13 Maio 2010
Sem lágrimas
sem sol
sem vento
só "nubelhado",
o meu pensamento voa
atravessa o Oceano
e esbarra no teu peito...
Só pode ser do anticiclone.
MIA
13 Maio 2010
quarta-feira, 12 de maio de 2010
O teu nome
Dos meus olhos nublados
cansados de horizonte
caíram palavras
que gritaram o teu nome
dolorosamente escrito
numa areia banhada
por um oceano imenso
que mesmo perto nos separa.
MIA
12 Maio 2010
cansados de horizonte
caíram palavras
que gritaram o teu nome
dolorosamente escrito
numa areia banhada
por um oceano imenso
que mesmo perto nos separa.
MIA
12 Maio 2010
Da Ilha
Entre as margens
do meu corpo
estende-se um oceano
e uma vida
que se torna inimiga
de quem ama...
MIA
12 Maio 2010
do meu corpo
estende-se um oceano
e uma vida
que se torna inimiga
de quem ama...
MIA
12 Maio 2010
terça-feira, 11 de maio de 2010
S. Miguel
I'm alive
Quando cheguei, despi a minha pele e levei à lavandaria para lavar a seco. Não quero que encolha porque tenho de a vestir de novo quando regressar.
A única coisa que pedi foi que não lhe tirassem o dourado, porque me fica bem e sempre dá um ar mais saudável.
Vou aproveitar este tempo sem ela para lavar por dentro o arroxeado das minhas dores e respirar fundo como há muito não acontecia.
Quero ver nas minhas veias um sangue renovado e quando olhar o coração, perceber o seu bater tranquilo revestido de paz.
Quando o fim desta estadia por aqui se aproximar, vou vesti-la de novo e correr bem o zip para
que nem a mais pequena dor possa de novo penetrar.
Depois sairei por aí voando para o meu ninho, à espera que esta ausência seja o recomeço de mim.
MIA
Maio 2010
Quando cheguei, despi a minha pele e levei à lavandaria para lavar a seco. Não quero que encolha porque tenho de a vestir de novo quando regressar.
A única coisa que pedi foi que não lhe tirassem o dourado, porque me fica bem e sempre dá um ar mais saudável.
Vou aproveitar este tempo sem ela para lavar por dentro o arroxeado das minhas dores e respirar fundo como há muito não acontecia.
Quero ver nas minhas veias um sangue renovado e quando olhar o coração, perceber o seu bater tranquilo revestido de paz.
Quando o fim desta estadia por aqui se aproximar, vou vesti-la de novo e correr bem o zip para
que nem a mais pequena dor possa de novo penetrar.
Depois sairei por aí voando para o meu ninho, à espera que esta ausência seja o recomeço de mim.
MIA
Maio 2010
quarta-feira, 5 de maio de 2010
Por aí
Rodopiando
sem vento nem marés
fui por aí só (mente)
como ás vezes gosto de estar
Não deu para ver o sol pôr
mas quando caíu
o crepúsculo nos meus olhos
senti a solidão da tua ausência
MIA
5 Mai 2010
sem vento nem marés
fui por aí só (mente)
como ás vezes gosto de estar
Não deu para ver o sol pôr
mas quando caíu
o crepúsculo nos meus olhos
senti a solidão da tua ausência
MIA
5 Mai 2010
Para eles
Aos meus amigos
Mesmo longe
sinto-os por perto
e sinto a falta
das vossas vozes
e do vosso riso
acompanhados
de uma água com borbulhas.
Adoro-os
Beijinhos
MIA
Mesmo longe
sinto-os por perto
e sinto a falta
das vossas vozes
e do vosso riso
acompanhados
de uma água com borbulhas.
Adoro-os
Beijinhos
MIA
terça-feira, 4 de maio de 2010
Na Ilha
Quando olho o mar
vejo a tristeza do teu olhar
à procura do meu
e ouço no eco da tua voz
o meu nome silenciado
Em plena Avenida
sinto o bater dos teus passos
mas de tão perto que ficas
olho em volta e não te encontro
e pergunto porquê...
MIA
4 Maio 2010
vejo a tristeza do teu olhar
à procura do meu
e ouço no eco da tua voz
o meu nome silenciado
Em plena Avenida
sinto o bater dos teus passos
mas de tão perto que ficas
olho em volta e não te encontro
e pergunto porquê...
MIA
4 Maio 2010
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Simplesmente porque gosto
Gosto desse jeito tímido de ser
quando baixas os olhos
para não cruzar os meus
e denunciar o teu desejo
Gosto da luz dos teus olhos
e do riso aberto
que mostra uma boca sedenta
quase sempre escondida
Gosto de ti
e da tua curiosidade em mim
Beijo
MIA
2 Maio 2010
quando baixas os olhos
para não cruzar os meus
e denunciar o teu desejo
Gosto da luz dos teus olhos
e do riso aberto
que mostra uma boca sedenta
quase sempre escondida
Gosto de ti
e da tua curiosidade em mim
Beijo
MIA
2 Maio 2010
domingo, 2 de maio de 2010
Também hoje é dia da Mãe
Desde que os filhos nos saem do corpo até ao resto das nossas vidas, tudo se transforma e há um sentimento em nós que deixa de ter sentido... egoísmo.
Para os meus filhos
Que vazio teria sido o meu colo
se não vos tivesse embalado
e que inúteis teriam sido os meus seios
se não tivessem sido o vosso alimento
Os meus braços
nunca teriam abraçado tão bem
nem a minha boca
beijado a inocência de tão doces momentos
Perdi noites e horas de vigília
sonos tranquilos e silêncios
mas enchi horas e horas de amor
que cada vez são mais longas
porque são vocês
que me preenchem a existência.
Hoje mimaram-me ainda mais
talvez porque estou longe na Ilha
e desta vez a humidade que senti
foi a das lágrimas no rosto.
Beijos
MUMMY
2 Maio 2010
Para os meus filhos
Que vazio teria sido o meu colo
se não vos tivesse embalado
e que inúteis teriam sido os meus seios
se não tivessem sido o vosso alimento
Os meus braços
nunca teriam abraçado tão bem
nem a minha boca
beijado a inocência de tão doces momentos
Perdi noites e horas de vigília
sonos tranquilos e silêncios
mas enchi horas e horas de amor
que cada vez são mais longas
porque são vocês
que me preenchem a existência.
Hoje mimaram-me ainda mais
talvez porque estou longe na Ilha
e desta vez a humidade que senti
foi a das lágrimas no rosto.
Beijos
MUMMY
2 Maio 2010
quinta-feira, 29 de abril de 2010
o teu poema
Linda Maria Fernandes o teu poema
(para o Vitor Correia)
Chorei no teu poema
que li devagar, devagarinho
e no meio da tua raiva
descobri a doçura da minha
que pensava já ter despido.
Mia
27 Abril 2010
MÃE
Mãe, por onde andas
que há tanto tempo te não vejo?
Tenho tantas saudades tuas!!!!
Que faço agora
quando procuro o teu colo
para sentir paz?
E quando choro
quem me seca as lágrimas?
E quem me tira de trás da cortina
sempre que me escondo de mim?
Quando
nos voltarmos a encontrar
por favor não te esqueças
de me dar a mão
e me levar de novo a passear.
Beijos
MIA
29 Abril 2010
que há tanto tempo te não vejo?
Tenho tantas saudades tuas!!!!
Que faço agora
quando procuro o teu colo
para sentir paz?
E quando choro
quem me seca as lágrimas?
E quem me tira de trás da cortina
sempre que me escondo de mim?
Quando
nos voltarmos a encontrar
por favor não te esqueças
de me dar a mão
e me levar de novo a passear.
Beijos
MIA
29 Abril 2010
quarta-feira, 28 de abril de 2010
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Só
Ontem quis ouvir-te
e não estavas
Hoje quis falar-te
e também não estavas
Procurei-te por entre nós
e só encontrei os meus botões.
MIA
26 Abril 2010
e não estavas
Hoje quis falar-te
e também não estavas
Procurei-te por entre nós
e só encontrei os meus botões.
MIA
26 Abril 2010
domingo, 25 de abril de 2010
25 de Abril sempre
Mas que liberdade é esta
onde o pão continua a faltar
muitas vezes já faz calar
e deixa que os vampiros
continuem impunemente a voar?
Queremos viver sem algemas
que nos continuam a espartilhar
e poder de novo sonhar
com um país mais justo
onde a voz não se pode calar.
MIA
25 Abril 2010
onde o pão continua a faltar
muitas vezes já faz calar
e deixa que os vampiros
continuem impunemente a voar?
Queremos viver sem algemas
que nos continuam a espartilhar
e poder de novo sonhar
com um país mais justo
onde a voz não se pode calar.
MIA
25 Abril 2010
um 25 de Abril
PAI
morreste-me num dia de liberdade
e deixaste-me de asas partidas
logo tu
que sempre me tinhas deixado voar
E já foi há tanto tempo
e por tanto tempo
que ainda hoje me sinto presa
na liberdade que me deste
e tenho saudades...
MIA
25 Abril 2010
morreste-me num dia de liberdade
e deixaste-me de asas partidas
logo tu
que sempre me tinhas deixado voar
E já foi há tanto tempo
e por tanto tempo
que ainda hoje me sinto presa
na liberdade que me deste
e tenho saudades...
MIA
25 Abril 2010
quinta-feira, 22 de abril de 2010
Como gostaria
Sabes o que eu queria?
Que quando morresse
sentisses a minha falta
como se há muito me não visses
e pegasses em flores aos molhos
(gosto de todas)
para atirar ao mar...
Naquele brilho imenso
voltarias a descobrir-me
para num último mergulho
me estenderes de novo os braços
e eu poder ficar mais uma vez
embrulhada no teu peito.
MIA
22 Abril 2010
Que quando morresse
sentisses a minha falta
como se há muito me não visses
e pegasses em flores aos molhos
(gosto de todas)
para atirar ao mar...
Naquele brilho imenso
voltarias a descobrir-me
para num último mergulho
me estenderes de novo os braços
e eu poder ficar mais uma vez
embrulhada no teu peito.
MIA
22 Abril 2010
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Imaginação
Comecei a inventar
a tua perda
para me habituar
a te não ter...
Mas sempre que acontece
perco a imaginação.
MIA
22 Abril 2010
a tua perda
para me habituar
a te não ter...
Mas sempre que acontece
perco a imaginação.
MIA
22 Abril 2010
domingo, 18 de abril de 2010
Emoções
Sinto
um tremor nas mãos
que nada tem a ver
com a emoção
de quando deslizo
pelo teu corpo
Hoje
as minhas mãos tremem
mas é do Prozac...
MIA
18 Abril 2010
um tremor nas mãos
que nada tem a ver
com a emoção
de quando deslizo
pelo teu corpo
Hoje
as minhas mãos tremem
mas é do Prozac...
MIA
18 Abril 2010
sábado, 17 de abril de 2010
Pensamento
Morre-se tão rápido
e por tanto tempo
que não vale a pena
fazer de morto o tempo inteiro...
MIA
17 Abril 2010
e por tanto tempo
que não vale a pena
fazer de morto o tempo inteiro...
MIA
17 Abril 2010
Hoje
Hoje
ri como há muito não ria
e ri tanto
que vou guardar o gargalhar
num baú de estimação
para quando não souber rir
me fechar lá dentro
e sufocar de novo de riso.
Hoje
ri sem lágrimas...
MIA
17 Abril 2010
ri como há muito não ria
e ri tanto
que vou guardar o gargalhar
num baú de estimação
para quando não souber rir
me fechar lá dentro
e sufocar de novo de riso.
Hoje
ri sem lágrimas...
MIA
17 Abril 2010
terça-feira, 13 de abril de 2010
um café à beira mar
Não sinto o corpo
quando vagueio
e parto para longe de mim
mas esta nortada
fez-me regressar
a um café quase frio
que no meio dum cigarro
demasiado rápido
não me deixou voar...
Hoje não é um bom dia
para um café à beira mar.
MIA
13 Abril 2010
quando vagueio
e parto para longe de mim
mas esta nortada
fez-me regressar
a um café quase frio
que no meio dum cigarro
demasiado rápido
não me deixou voar...
Hoje não é um bom dia
para um café à beira mar.
MIA
13 Abril 2010
sábado, 10 de abril de 2010
esta tristeza que não vai embora
Vou tarde
vou triste
vou só
sem vontade
nem empenho
e com o brilho estranho
da tormenta nas asas
A flor no cabelo?
É para confundir o sol...
MIA
10 Abril 2010
vou triste
vou só
sem vontade
nem empenho
e com o brilho estranho
da tormenta nas asas
A flor no cabelo?
É para confundir o sol...
MIA
10 Abril 2010
quinta-feira, 8 de abril de 2010
?????
Se não fosse tão tarde
poderia ser tua
mas agora
que já é tão tarde
deixa-me
pelo menos ser eu...
MIA
7 Abril 2010
poderia ser tua
mas agora
que já é tão tarde
deixa-me
pelo menos ser eu...
MIA
7 Abril 2010
segunda-feira, 5 de abril de 2010
sol
Seco ao sol
a chuva dos dias passados
escondida nas palavras
duma canção inventada
que mesmo sem música
me faz sonhar...
MIA
5 Abril 2010
a chuva dos dias passados
escondida nas palavras
duma canção inventada
que mesmo sem música
me faz sonhar...
MIA
5 Abril 2010
Borboleta
Vem triste
vem só
abandonada
no brilho das suas asas
É uma borboleta
no meio da tempestade
que quer descansar
e não pode
E treme
e chora
e voa de novo
em direcção à Ilha
Que volte depressa
e bem...
Faz falta
a sua cor aqui
agora
e sempre
MIA
5 Abril 2010
vem só
abandonada
no brilho das suas asas
É uma borboleta
no meio da tempestade
que quer descansar
e não pode
E treme
e chora
e voa de novo
em direcção à Ilha
Que volte depressa
e bem...
Faz falta
a sua cor aqui
agora
e sempre
MIA
5 Abril 2010
sábado, 3 de abril de 2010
Ressurreição
Morri ontem
quando o sol se escondeu
amortalhada num vazio
de Primavera
Ressuscitei hoje
às primeiras horas
e vestida de Deusa
encontrei no mar
o verde da esperança
que há muito guardava
num botão de rosa
posto estrategicamente
do lado esquerdo do peito.
MIA
3 Abril 2010
quando o sol se escondeu
amortalhada num vazio
de Primavera
Ressuscitei hoje
às primeiras horas
e vestida de Deusa
encontrei no mar
o verde da esperança
que há muito guardava
num botão de rosa
posto estrategicamente
do lado esquerdo do peito.
MIA
3 Abril 2010
quinta-feira, 1 de abril de 2010
amanhecer
Bebi o teu olhar
e guardei-o religiosamente
numa moldura de prata martelada
à espera do dia chegar
e quando o sol bateu na cortina
despido da fria neblina
puxei o lençol
e deixei-me ficar abraçada a ti
abandonada num silêncio cúmplice.
MIA
1 Abril 2010
e guardei-o religiosamente
numa moldura de prata martelada
à espera do dia chegar
e quando o sol bateu na cortina
despido da fria neblina
puxei o lençol
e deixei-me ficar abraçada a ti
abandonada num silêncio cúmplice.
MIA
1 Abril 2010
presente
Sempre que renasço
vivo
como se só agora
tivesse nascido
e por momentos
não tenho passado
nem futuro
MIA
1 Abril 2010
vivo
como se só agora
tivesse nascido
e por momentos
não tenho passado
nem futuro
MIA
1 Abril 2010
terça-feira, 30 de março de 2010
APPACDM
Meu menino
hoje
quando das tuas mãos
voou docemente uma borboleta
vi-lhe as cores
senti-lhe o movimento
e saí dançando
mas rapidamente voltei
para dar-te a mão
e não sentires a solidão
das tuas ausências.
Obrigado pelo momento.
MIA
30 Mars 2010
hoje
quando das tuas mãos
voou docemente uma borboleta
vi-lhe as cores
senti-lhe o movimento
e saí dançando
mas rapidamente voltei
para dar-te a mão
e não sentires a solidão
das tuas ausências.
Obrigado pelo momento.
MIA
30 Mars 2010
domingo, 28 de março de 2010
Buçaco
Por matas
e pórticos manuelinos
enchi o vazio do meu olhar
como há muito não tinha
e deixei-me viajar na realeza
tendo-te por meu senhor
No bucólico da paisagem
espelhei o pôr do sol
num mar que cheirei sem sentir
e renasci no teu riso
que cristalizei no som dum banjo
quem sabe tocado
num pequeno bar de New Orleans
A distância ficou tão perto
que no regresso
esqueci-me do mundo
e por momentos
sempre no mesmo lugar (a tua varanda)
entreguei-me nas luzes da noite
e no meu silêncio
embrulhei-me no teus suspiros
e deixei-me ser tua
como se cá dentro
não tivesse mais nada
MIA
Mars 2010
Por matas
e pórticos manuelinos
enchi o vazio do meu olhar
como há muito não tinha
e deixei-me viajar na realeza
tendo-te por meu senhor
No bucólico da paisagem
espelhei o pôr do sol
num mar que cheirei sem sentir
e renasci no teu riso
que cristalizei no som dum banjo
quem sabe tocado
num pequeno bar de New Orleans
A distância ficou tão perto
que no regresso
esqueci-me do mundo
e por momentos
sempre no mesmo lugar (a tua varanda)
entreguei-me nas luzes da noite
e no meu silêncio
embrulhei-me no teus suspiros
e deixei-me ser tua
como se cá dentro
não tivesse mais nada
MIA
Mars 2010
sábado, 27 de março de 2010
Sol
O sol entrou pela janela
e beijou-me o corpo
roçando a alma
Vesti-lhe a cor
sacudi a dor
e fui por aí voando...
MIA
27 Mars 2010
e beijou-me o corpo
roçando a alma
Vesti-lhe a cor
sacudi a dor
e fui por aí voando...
MIA
27 Mars 2010
sexta-feira, 26 de março de 2010
e eu, onde ando?
Esta chuva
esta tristeza
que me molha o rosto
e me queima a alma
porque não me afaga
e me despe desta dor
que diariamente me veste?
Por onde anda
o meu rio de lágrimas
onde me quero afogar
para sair voando
ao encontro de mim e do sol?
Onde estou
que não sei de mim?
Se me vires por aí
dá-me a mão
abraça-me
beija-me
e faz-me pelo menos sorrir...
Preciso de ti
e principalmente de mim.
MIA
26 Mars 2010
esta tristeza
que me molha o rosto
e me queima a alma
porque não me afaga
e me despe desta dor
que diariamente me veste?
Por onde anda
o meu rio de lágrimas
onde me quero afogar
para sair voando
ao encontro de mim e do sol?
Onde estou
que não sei de mim?
Se me vires por aí
dá-me a mão
abraça-me
beija-me
e faz-me pelo menos sorrir...
Preciso de ti
e principalmente de mim.
MIA
26 Mars 2010
quarta-feira, 24 de março de 2010
segunda-feira, 22 de março de 2010
prémio
Menção Honrosa atribuída a Linda Maria Fernandes.
Por esta participação é premiada com um livro da autoria de Carlos Peres Feio, “Podiamsermais”, cedido gentilmente ao CPV para este efeito.
Obrigada, Peres Feio!
Carta de Amor para uma filha quase perdida
Como cresceste...
Não posso dizer que não dei conta do tempo passar,... porque estaria a mentir, mas muitas das vezes distraí-me sem reparar nas direcções dos voos que tomavas.Nunca questionaste o meu amor por ti, eu sei, mas talvez tenhas pensado algumas vezes, que te preteri em função de outras coisas que na altura achei mais importantes.
Hoje sabes que não foi assim e que apesar de todas as decisões que tomei, tu sempre foste uma preocupação acrescida.
Não sendo tarde, quase era demasiado tarde para te reafirmar como te amo e que se tivesses "partido" como o desejaste, parte de mim teria morrido também.
Peço-te agora que voltes de vez para ti, para que eu possa de novo sentir-te e apesar de todas as dificuldades que irás encontrar no teu caminho, eu continuarei aqui de corpo inteiro a estender-te os braços, onde sempre que precisares te poderás abrigar.
Força minha querida, se não queres crescer rápido fá-lo devagar, mas não percas mais tempo a deambular por aí.
Eu continuarei à tua espera, mas por favor não me deixes sem resposta.
Amo-te, admiro-te e não te quero perder de tão perdida que andas.
Um beijo
Mummy
sexta-feira, 19 de março de 2010
PAI...
Falar-te hoje porque é o teu dia?
E nos outros dias, em que a saudade aperta e te quero dizer que continuo a sentir a tua falta e que não me devias ter deixado, sem antes me dares pelo menos um beijo de despedida?
Terei de continuar a sentir que houve qualquer coisa que não se completou?
Eu sei que não foste tu que escolheste o momento da partida e que ainda esperaste algumas horas para que eu chegasse a tempo de me veres pela última vez. Sei do teu olhar fixo na porta à espera da menina dos teus olhos (como costumavas dizer e isto de ser filha única, às vezes é terrível). Sei que fiz parte também dos teus últimos pensamentos e tenho pena de não ter estado lá, mas que fazer quando a distância é grande e se tem de percorrer?
Já passou algum tempo e o manto negro do meu luto já se foi, mas hoje não posso deixar de te contar uma coisa que aconteceu e já nem sei se foi coincidência.
Certamente que te lembras de como eu gostava de escrevinhar textos e textos, que tu orgulhosamente lias e até dizias que eu deveria continuar sempre a escrever?
Pois não é que eu retomei a escrita e participei num desafio e foi-me atribuída uma menção honrosa? E não é que esse prémio me foi dado a conhecer hoje mesmo? Não achas uma coincidência pelo dia?
Mais uma vez irias ter orgulho em mim e isso deixa-me contente por ti.
O meu melhor prémio, seria poderes continuar a ler o que escrevo, mas não sendo assim, fico à espera que aquela estrela lá no firmamento que sempre me acompanha, hoje brilhe mais alto para mostrar como estás vivo em mim.
Um beijo grande e uma saudade enorme.
Da tua MIA
Falar-te hoje porque é o teu dia?
E nos outros dias, em que a saudade aperta e te quero dizer que continuo a sentir a tua falta e que não me devias ter deixado, sem antes me dares pelo menos um beijo de despedida?
Terei de continuar a sentir que houve qualquer coisa que não se completou?
Eu sei que não foste tu que escolheste o momento da partida e que ainda esperaste algumas horas para que eu chegasse a tempo de me veres pela última vez. Sei do teu olhar fixo na porta à espera da menina dos teus olhos (como costumavas dizer e isto de ser filha única, às vezes é terrível). Sei que fiz parte também dos teus últimos pensamentos e tenho pena de não ter estado lá, mas que fazer quando a distância é grande e se tem de percorrer?
Já passou algum tempo e o manto negro do meu luto já se foi, mas hoje não posso deixar de te contar uma coisa que aconteceu e já nem sei se foi coincidência.
Certamente que te lembras de como eu gostava de escrevinhar textos e textos, que tu orgulhosamente lias e até dizias que eu deveria continuar sempre a escrever?
Pois não é que eu retomei a escrita e participei num desafio e foi-me atribuída uma menção honrosa? E não é que esse prémio me foi dado a conhecer hoje mesmo? Não achas uma coincidência pelo dia?
Mais uma vez irias ter orgulho em mim e isso deixa-me contente por ti.
O meu melhor prémio, seria poderes continuar a ler o que escrevo, mas não sendo assim, fico à espera que aquela estrela lá no firmamento que sempre me acompanha, hoje brilhe mais alto para mostrar como estás vivo em mim.
Um beijo grande e uma saudade enorme.
Da tua MIA
quinta-feira, 11 de março de 2010
terça-feira, 9 de março de 2010
ainda sem resposta
De que adianta ter voz
se é o silêncio que ouço?
Só por isso
como é grande a solidão
por querer estar em todo o lado
quando não estou
Se tivesses partido
parte de mim teria morrido
mas continuando cá
não deixes que eu morra
ou que fique sem resposta
MIA
9 Mars 2010
se é o silêncio que ouço?
Só por isso
como é grande a solidão
por querer estar em todo o lado
quando não estou
Se tivesses partido
parte de mim teria morrido
mas continuando cá
não deixes que eu morra
ou que fique sem resposta
MIA
9 Mars 2010
segunda-feira, 8 de março de 2010
8 de Março 2010
Mulher...
Sempre tão igual
no olhar
na palavra
no gesto
no silêncio
no amor
no desejo
na dor
No teu ventre o futuro
Que todos os dias
em qualquer lugar
possas ser sempre MULHER
MIA
8 Mars 2010
Sempre tão igual
no olhar
na palavra
no gesto
no silêncio
no amor
no desejo
na dor
No teu ventre o futuro
Que todos os dias
em qualquer lugar
possas ser sempre MULHER
MIA
8 Mars 2010
segunda-feira, 1 de março de 2010
domingo, 21 de fevereiro de 2010
Hinos de paz
Hei-de emprestar-te a minha voz
para dizeres os meus poemas
porque não quero que ela trema
com o sentido da palavra
Quero ouvir de ti a raiva
sentir como pesou a dor
arrepiar-me de novo com a paixão
mas achando que nada foi meu...
Quando acabares
vais perceber a rouquidão do meu cansaço
e sair-te-à um suspiro ...
Mulher
porque não fazes hinos de paz???
MIA
21 Fev 2010
para dizeres os meus poemas
porque não quero que ela trema
com o sentido da palavra
Quero ouvir de ti a raiva
sentir como pesou a dor
arrepiar-me de novo com a paixão
mas achando que nada foi meu...
Quando acabares
vais perceber a rouquidão do meu cansaço
e sair-te-à um suspiro ...
Mulher
porque não fazes hinos de paz???
MIA
21 Fev 2010
vazio
Aí
desse lado
o mundo
é cheio de vazios
Aqui
fecho os olhos
para não ver
o vazio do mundo
MIA
21 Fev 2010
desse lado
o mundo
é cheio de vazios
Aqui
fecho os olhos
para não ver
o vazio do mundo
MIA
21 Fev 2010
Palavras
Podiam as palavras
cair aos trambolhões
sem sentido ou direcção
que só te atingiriam
se eu te ignorasse
MIA
21 Fev 2010
cair aos trambolhões
sem sentido ou direcção
que só te atingiriam
se eu te ignorasse
MIA
21 Fev 2010
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
Abraço
Preciso dum abraço
sem perguntas
em silêncio
Só um abraço
que segure os pedaços
Por momentos
por segundos
que fosse
que seja
Só um abraço
enquanto sinto
Mesmo que te não veja
preciso do teu abraço
MIA
8 Fev 2010
sem perguntas
em silêncio
Só um abraço
que segure os pedaços
Por momentos
por segundos
que fosse
que seja
Só um abraço
enquanto sinto
Mesmo que te não veja
preciso do teu abraço
MIA
8 Fev 2010
Assustei-me...
Viveste o fim de semana
como se fosse o último
na pressa de chegar
onde há muito não ias
ou talvez e só
com a euforia duma dor
disfarçada de voz
para mostrar que existias
Hoje regressaste
onde sabes não pertencer
mas como passagem
para poderes voltar
a encontrar o caminho
Se puderes
volta depressa
porque fazes-me falta...
Beijo
Mummy
8 Fev 2010
Viveste o fim de semana
como se fosse o último
na pressa de chegar
onde há muito não ias
ou talvez e só
com a euforia duma dor
disfarçada de voz
para mostrar que existias
Hoje regressaste
onde sabes não pertencer
mas como passagem
para poderes voltar
a encontrar o caminho
Se puderes
volta depressa
porque fazes-me falta...
Beijo
Mummy
8 Fev 2010
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
domingo, 31 de janeiro de 2010
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
Desafio para uma palavra inexistente:
“ENAFULETA”
(Publicidade enganosa)
Está à procura de quê para manter a sua juventude?
Agora já não precisa de se preocupar mais com as marcas que os anos vão deixando no seu rosto. Foi lançado hoje mesmo no mercado nacional, o hidratante “ENAFULETA”, que o vai deixar tranquilo para o resto dos seus dias.
Já não precisará de pensar mais em ter de passar por qualquer método invasivo, uma vez que com “ENAFULETA”, simples aplicações diárias darão de novo ao seu rosto o brilho da juventude.
Descoberto no Burkina Faso, este produto testado dermatológicamente, já é utilizado nos Estados Unidos pelas mais badaladas estrelas de cinema desde 2005, mas só agora a Europa tem o privilégio de o comercializar.
Com “ENAFULETA” as rugas mais profundas desaparecem em poucos dias e até as verrugas caem sem ruído.
A preços convidativos, existe em cremes de dia, noite e crepúsculo e com a facilidade de utilização para ambos os sexos.
Brevemente será também lançado no mercado uma outra gama, mas para criança.
Com o aproximar do Verão aparecerão os protectores solares, que como novidade apresentam o chamado 2 em 1, pois não só protegem como bronzeiam, com tons muito aproximados aos dos
naturais do país onde o produto foi descoberto.
Por isso agora não desespere mais, passe a usar “ENAFULETA” e vai ver, que quando for a sua vez de entrar para um lar de terceira idade, a sensação permanente que vai ter é de que está de passagem por uma colónia de férias, que se não fossem as cadeiras de rodas e as algálias a arrastar, lembraria os seus tempos de criança.
Portanto agora é só usar e usufruir da juventude que este produto lhe vai dar. E não esqueça,
nunca se comprometa por usar “ENAFULETA” e tenha o B.I. sempre à mão, não vá ter de provar a sua idade quando quiser ir divertir-se num fim de semana próximo.
P.S. - Resultados obtidos em duas semanas.
Linda Maria
“ENAFULETA”
(Publicidade enganosa)
Está à procura de quê para manter a sua juventude?
Agora já não precisa de se preocupar mais com as marcas que os anos vão deixando no seu rosto. Foi lançado hoje mesmo no mercado nacional, o hidratante “ENAFULETA”, que o vai deixar tranquilo para o resto dos seus dias.
Já não precisará de pensar mais em ter de passar por qualquer método invasivo, uma vez que com “ENAFULETA”, simples aplicações diárias darão de novo ao seu rosto o brilho da juventude.
Descoberto no Burkina Faso, este produto testado dermatológicamente, já é utilizado nos Estados Unidos pelas mais badaladas estrelas de cinema desde 2005, mas só agora a Europa tem o privilégio de o comercializar.
Com “ENAFULETA” as rugas mais profundas desaparecem em poucos dias e até as verrugas caem sem ruído.
A preços convidativos, existe em cremes de dia, noite e crepúsculo e com a facilidade de utilização para ambos os sexos.
Brevemente será também lançado no mercado uma outra gama, mas para criança.
Com o aproximar do Verão aparecerão os protectores solares, que como novidade apresentam o chamado 2 em 1, pois não só protegem como bronzeiam, com tons muito aproximados aos dos
naturais do país onde o produto foi descoberto.
Por isso agora não desespere mais, passe a usar “ENAFULETA” e vai ver, que quando for a sua vez de entrar para um lar de terceira idade, a sensação permanente que vai ter é de que está de passagem por uma colónia de férias, que se não fossem as cadeiras de rodas e as algálias a arrastar, lembraria os seus tempos de criança.
Portanto agora é só usar e usufruir da juventude que este produto lhe vai dar. E não esqueça,
nunca se comprometa por usar “ENAFULETA” e tenha o B.I. sempre à mão, não vá ter de provar a sua idade quando quiser ir divertir-se num fim de semana próximo.
P.S. - Resultados obtidos em duas semanas.
Linda Maria
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
domingo, 17 de janeiro de 2010
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
memórias
Quando já for tarde
vou ligar um som
e do riso que te guardei
farei um poema de saudade
MIA
6 Janº 2010
vou ligar um som
e do riso que te guardei
farei um poema de saudade
MIA
6 Janº 2010
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
Desconstrução
Ele gostava muito dos poemas que ela lhe fazia e ficava com pena de não ser capaz de retribuir da mesma maneira, até que um dia, pegou numa pena e de repente soltou a poesia...
Nas pérolas dos teus seios
desfio um colar de respostas
para a minha paixão
e dos diamantes do teu olhar
retiro o brilho e a emoção
que ainda hoje
e ao fim de tanto tempo
fazem borboletas voar...
MIA
5 Janº2010
Nas pérolas dos teus seios
desfio um colar de respostas
para a minha paixão
e dos diamantes do teu olhar
retiro o brilho e a emoção
que ainda hoje
e ao fim de tanto tempo
fazem borboletas voar...
MIA
5 Janº2010
sábado, 2 de janeiro de 2010
Se eu pudesse
Se pudesse
tudo faria para despir esse manto
que a tristeza do teu olhar veste
e que torna os teus olhos ainda mais negros
Se pudesse
cristalizaria o teu riso
para continuar a ser a música de fundo
de quem se quer bem
Se pudesse
viajaria nas tuas mágoas
para levar comigo a dor
Se pudesse
teria nascido mais tarde e sem preconceito
dar-te o que guardo no peito
Se pudesse...
Mas eu só posso
ter memória dos momentos
e do desejo que nos uniu
fazer um poema de saudade.
MIA
1 Janº 2010
tudo faria para despir esse manto
que a tristeza do teu olhar veste
e que torna os teus olhos ainda mais negros
Se pudesse
cristalizaria o teu riso
para continuar a ser a música de fundo
de quem se quer bem
Se pudesse
viajaria nas tuas mágoas
para levar comigo a dor
Se pudesse
teria nascido mais tarde e sem preconceito
dar-te o que guardo no peito
Se pudesse...
Mas eu só posso
ter memória dos momentos
e do desejo que nos uniu
fazer um poema de saudade.
MIA
1 Janº 2010
Último dia de 2009
Olha meu amor
e deixa chamar-te assim
porque amanhã pode ser tarde,
leva-me a ver o mar...
Depois, bem, depois
passaremos a comprar um bouquet
lembrando a paixão
para quando me desnudares
espalhar sobre o meu corpo o desejo
Por cada pétala caída um beijo
e em cada beijo
o entrelaçar dos nossos corpos
A rodear-te a cintura
prateados anéis de noivado
e quando o teu corpo
simplesmente se fundir no meu
deixaremos acontecer...
MIA
31 Dezº2009
e deixa chamar-te assim
porque amanhã pode ser tarde,
leva-me a ver o mar...
Depois, bem, depois
passaremos a comprar um bouquet
lembrando a paixão
para quando me desnudares
espalhar sobre o meu corpo o desejo
Por cada pétala caída um beijo
e em cada beijo
o entrelaçar dos nossos corpos
A rodear-te a cintura
prateados anéis de noivado
e quando o teu corpo
simplesmente se fundir no meu
deixaremos acontecer...
MIA
31 Dezº2009
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