domingo, 2 de novembro de 2008

O meu amor, tem um jeito....

Hoje, não sabia porquê, sentia um amor ainda maior por ele.
Há já algum tempo que não se viam e carregava no acelarador para chegar mais depressa. Estava inquieta por poder beijá-lo e fundir-se nos seus braços.
Ainda faltavam cinco quilómetros e pareciam uma eternidade. Fumou mais três cigarros e finalmente chegou.
Ele já lá estava, nunca se atrasava. Quase não a deixava sair do carro e puxou-a com força para ele beijando-a com paixão.
Depois olharam-se bem nos olhos e adivinharam os pensamentos.
Agarrados entraram no "sítio" e quase sem palavras começaram o jogo do amor.
Como se gostavam...à medida que os corpos se destapavam descobriam sempre algo de novo e faziam-no com alegria. Ele gostava do toque de seda da sua pele e ela toda enriçada, deixava-se percorrer, provocando nele um desejo ainda maior. Os primeiros momentos eram de sofreguidão e muito intensos até atingirem o extase. Até nisso estavam em sintonia.
Depois ficavam mais calmos e falavam de tudo e de nada. Imaginavam passeios à beira rio vendo os barcos passar e contagiavam-se de risos e cansaços. Regressavam e voltavam a amar-se como só eles sabiam fazer...amavam-se, deixando-se amar.
Mas a realidade não se compadecia e o tempo voava. Na hora da despedida, a mesma paixão da chegada e um até amanhã que não seria.
Depois partiam tranquilamente sabendo que se tinham e que se continuavam a querer. Era o amor...

MIA
1 Novº 2008

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